Capítulo 2

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Dias atuais

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Dias atuais

As minhas férias acabaram tem pouco tempo e após uma viagem ao Brasil em que descobri que o Ferran será pai novamente e um descanso mais que merecido, me sinto revigorado para a temporada.

Estávamos treinando há umas três semanas e teríamos nosso primeiro amistoso fora de casa nesse final de semana. Termino de arrumar a minha pequena mala e entro no carro em direção ao CT, de onde iremos sair para pegar o voo até Madrid.

Assim que chego, recepciono alguns fãs afoitos na entrada, parando para algumas fotos e logo paro o carro no estacionamento. Cumprimento alguns companheiros que estão ali pela frente e perto do horário do nosso voo, vamos para o aeroporto.

A viagem até Madrid é tranquila e eu acabo dormindo metade do caminho, já que não tem nada melhor para fazer. Chegamos no hotel e recebemos a chave dos nossos quartos. O treinador nos avisa que temos tempo livre até a hora do nosso jantar mas que devemos manter o foco já que o jogo de amanhã é um clássico contra o Real Madrid.

Fico um tempo conversando com o Ferran e o Pedri, indo para o meu quarto em seguida para fazer a chamada de vídeo que prometi com os meu pais. Converso com eles por cerca de 30 minutos, os tranquilizando sobre como tenho me sentido atualmente e me atualizando das suas últimas aventuras.

Perto do jantar, resolvo deixar o celular um pouco de lado e ir tomar um banho. Visto um conjunto de moletom preto, uma meia e o meu tênis, levando em consideração o vento frio que esse início de outono está trazendo. Escovo meus dentes, passo perfume e coloco minha correntinha. Ponho o meu celular no bolso, pego o cartão do quarto e encontro os meninos no corredor para descermos juntos até o restaurante do hotel.

Jantamos todos juntos enquanto jogamos conversa fora e quando terminamos, pego mais uma garrafa de água e me despeço dos meninos, indo em direção ao elevador para ir para o meu quarto descansar.

Estava em Madri esse final de semana para mais um evento importante e representando a minha família, já que como futura rainha da Espanha, precisava participar para ir me acostumando com a minha futura rotina

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Estava em Madri esse final de semana para mais um evento importante e representando a minha família, já que como futura rainha da Espanha, precisava participar para ir me acostumando com a minha futura rotina.

Algumas festas eu achava um saco ter que ir, principalmente aquelas em que exigia que eu estivesse o mais impecável possível e ficasse com um sorriso no rosto a noite inteira. Sei que isso fazia parte da minha vida, mas todos esses holofotes em cima de mim eram cansativos e as vezes eu só queria ser uma jovem normal.

Termino o meu jantar com a minha assessora e me despeço dela, querendo logo retornar para o meu quarto e descansar para o dia de amanhã. Estou caminhando de cabeça baixa olhando para o meu celular quando vejo que a porta do elevador estar prestes a se fechar.

- Segura para mim por favor! - grito para a pessoa do lado de dentro, que coloca a mão no sensor impedindo que ele se feche.

Dou uma corridinha até o elevador para alcançá-lo a tempo e só quando estou dentro me permito respirar aliviada.

- Obrigada. - sorrio, dando um aceno de cabeça para pessoa que me ajudou, até que finalmente noto quem é.

- Ahh... não foi nada. - Gavi diz a minha frente, um pouco desconsertado.

Como percebo que ele tenta fugir do meu olhar para não puxar assunto, aperto o botão do meu andar e fico em silêncio, o elevador começando a se mexer. De repente, ouço um barulho e a caixa de metal dá um solavanco, parando de andar e apagando as luzes.

- Tá de sacanagem. - ele resmunga ao meu lado, apertando o botão para fazer funcionar, porém sem sucesso. - Meu dia acabou de melhorar.

- Calma, já já deve voltar. - tento o tranquilizar colocando a mão em seu ombro, mas ele se afasta.

- Nada contra princesa, mas é melhor que não me toque, já que provavelmente essa câmera tá filmando e eu não quero que vaze nada e as pessoas interpretem errado. Fora que o seu pai é capaz de me matar. - fala nervoso.

- Nossa quanto drama. - reviro os olhos - Não é como se tivéssemos vivendo um romance proibido, aliás eu nem te conheço direito para você presumir isso. - me sento no chão, encerrando o assunto e tentando ignorar a sua presença e o seu perfume amadeirado que preenche o lugar.

Uma voz finalmente aparece pelos alto-falantes do elevador e o segurança nos avisa que a equipe técnica já foi chamada e em breve seremos resgatados. Pego meu celular para tentar retomar a leitura de um livro que eu estava fazendo, mas percebo que está sem sinal e a página não carrega. Bufo irritada, voltando a guardar o celular na bolsa e um silêncio ensurdecedor preenche o ambiente.

Depois de um tempo, quando percebe que não sairemos tão rápido, Gavi suspira frustrado e se senta no chão, se rendendo ao cansaço. Seus olhos recaem sobre os meus e ele parece incerto sobre o que fazer, mas por fim, decide falar.

- Desculpa, eu fui meio idiota. - diz.

- Tudo bem. As pessoas geralmente agem assim comigo só por eu ser quem sou. - digo um pouco amarga.

- Não foi minha a intenção, eu só estou estressado com o início da temporada, meu nome constantemente ta envolvido em fofocas e nos últimos tempos... - suspira - Deixa para lá.

- Eu sei o que falam sobre nós. - digo e ele me encara surpreso.

- Achei que a família real não tinha acesso as redes sociais. - sorri de lado.

- Eu tenho meus meios. - dou de ombros - Bom, só para esclarecer, eu não sou afim de você.

- O que? - pergunta chocado.

- Ué, eu nem te conheço direito. A camisa que meu pai pediu, era só porque eu realmente sou torcedora do Barcelona mesmo e para mim você é um dos melhores jogadores. - explico e sinto que magoei um pouquinho o seu ego, já que ele parece não acreditar.

- Saiba que eu fui muito zuado por sua causa. - diz, me fazendo rir da sua confissão.

Quando estou prestes a fazer uma brincadeira, o elevador da mais um solavanco e as luzes finalmente se acendem. Gavi se levanta do chão e estende sua mão em minha direção. Aceito sua ajuda para levantar e no momento em que nossas palmas se encostam, um choque percorre pelo meu corpo e tenho quase certeza que ele sentiu também.

Ajeito minha roupa e ele me observa dos pés a cabeça. Sinto que ele vai dizer algo, mas somos interrompidos pela porta do elevador sendo aberta e um aglomerado de gente nos encarando. Enxergo minha assessora e o segurança ao fundo e aceno, tentando tranquilizá-los.

- Ahm... Finalmente estamos livres. - comento.

- Até mais Leonor. - Gavi diz, enfim pronunciando meu nome e causando um frio na minha barriga.

Ele passa por todas as pessoas que nos observam e segue para as escadas, para chegar ao andar do seu quarto. Fico um pouco atordoada mas sigo com a minha equipe até o meu quarto, indo descansar e encerrar esse dia estranho.

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A primeira interação de verdade veio aí 🤭

Espero que estejam gostando. Não se esqueça de deixar o seu voto e o seu comentário, isso me motiva a continuar 🤍

Chemistry | Pablo Gavi Onde histórias criam vida. Descubra agora