Dezoito

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SEGURA MAIS ESSE CAPITULO AE MIGAS

Recebemos muitas ameças pela demora então resolvemos postar esse agora pra recompensar.
As bombas vão começar a ser plantadas, fiquem atentos.

Música de hoje: West Coast - Lana Del Rey. Play quando tiver o nome em negrito, ok?

Link: West Coast https://youtu.be/oKxuiw3iMBE

Ou busquem pela playlist South Coast no Spotify.

Beijos.

Noix

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POV CAMILA

Eu finalmente consegui parar para comer alguma coisa depois de dois longos tempos de aula sobre teoria da comunicação. Ouvir como a população se portava antigamente e o que as mídias em massa faziam para atingir o povo aumentava meu interesse sobre o assunto. O professor pediu uma resenha com duas laudas sobre algumas teorias para daqui a uma semana e isso me renderia algumas horas a menos com Lauren.

O último final de semana que passou eu quase não a vi. A última vez que nos vimos foi na sexta na praia quando decidi lhe fazer uma surpresa de última hora e ficamos até tarde conversando sobre nossa infância e assuntos pertinentes, que logo tratei de fazê-la esquecer com alguns beijinhos.

Na manhã de sábado eu fui ao zoológico com Sofi, Julieta e meus tios. Meus pais como sempre ficaram em casa alegando que queriam aproveitar o tempo para descansar da correria durante a semana.Cada dia que passa eles convivem menos com minha irmã e eu. Hoje os passeios em família se resumiam em jantares de negócios que meu pai fazia questão do ser lá em casa para que conhecessem a bela família unida que ele tinha. Pura bobagem. Ele queria mesmo impressionar os doutores dos congressos que frequentava para poder ganhar visibilidade, como se ele já não tivesse o suficiente. O pior de tudo é que minha mãe adorava se fazer de esposa perfeita. Ser casada com um dos médicos mais conhecidos do estado era um dos maiores orgulhos pra minha ela, se não o maior.

Suspirei impaciente enquanto a caixa do Mc Donalds se enrolava para trocar o pedido do casal que estava à minha frente. "A senhora não disse que queria aumentar a batata, senhora.", disse a moça tentando justificar o motivo do erro. Durante esse tempo de discussão minha fome só estava aumentando.

Meu celular vibrou no bolso da frente da minha calça jeans. Número desconhecido. Eu não costumo atender à ligações de alguém que quer se esconder, mas minha curiosidade sempre fala mais alto.

– Alô?

– ... – Ouvi um chiado do outro lado da linha.

– Alô? – Perguntei mais uma vez impaciente. Eu estava prestes a desligar o celular até que ouvi vozes distantes. Pareciam discutir sobre alguma coisa. As vozes estavam alteradas e pude ouvir alguns palavrões com um sotaque bem carioca, em tom de ameaça. Apertei mais o ouvido no aparelho para escutar melhor o que se passava e um nome conhecido foi mencionado. Não pode ser.... Ouvi um impacto do outro lado e logo depois a ligação foi encerrada. O sinal continuo da linha indicava que não havia mais chamada. Eu continuei parada tentando assimilar o nome que eu ouvi com o que a ação indicava.

– Jovem? – A menina do caixa chamou minha atenção me tirando de meus pensamentos. Olhei em volta e só então me toquei que a fila já havia andado e estava na minha vez. – Qual seu pedido, jovem?

– O número 8 sem cebola, por favor.

Após concluir e pagar o pedido me direcionei à fila ao lado ainda matutando se realmente escutei o nome certo. Subi as escadas tentando não derrubar a bandeja. O copo de refrigerante balançava cada vez mais conforme eu alcançava mais um degrau. Quase comemorei ao chegar no segundo andar. Olhei em volta vendo o local lotado. Já era de se esperar que estivesse cheio. Hora do almoço perto de uma faculdade com um monte de adolescentes só poderia resultar nisso. Eu estava dando meia volta para pedir que colocassem o lanche pra viagem quando vi um cabelo conhecido atrás de uma pilastra e um bracinho acenar em minha direção, indicando que ali tinha um lugar vago.

South Coast [Camren]Onde histórias criam vida. Descubra agora