ATENÇÃO: ESSA OBRA É +18 🔞 E CONTÉM TEMAS SENSÍVEIS (VIOLÊNCIA E SEQUESTRO) QUE PODEM DESPERTAR GATILHOS. OS CAPÍTULOS SERÃO SINALIZADOS. CUIDE SEMPRE DE SUA SAÚDE MENTAL
Ana Flora Albuquerque, agora apenas Ana, deixou sua vida para trás e chegou n...
Terminei de rever as finanças da pousada e suspiro. Acho que vou aproveitar o tempo livre e chamar Erik para irmos até a cachoeira. Estou prestes a pegar o celular quando ouço a notificação da agenda no computador. Estranho porque a notificação só aparece quando tenho algo agendado e eu verifiquei, não tinha nada hoje. Abro a tela e está escrito apenas "Reunião". Decido ir até à recepção para ver com Olívia se ela sabe de algo, às vezes eu digitei algo errado.
Quando abro a porta, Erik está prestes a bater. Ele sorri para mim, mas não me beija como sempre faz.
— Ei, já ia te chamar, mas vi que tem uma reunião na minha agenda e vim ver com a Olívia se ela sabe sobre isso.
— Eu sou sua reunião. - Ele diz, eu arqueio a sobrancelha.
— Você?
— Sim.
Eu fico parada tentando entender qual a brincadeira, mas ele apenas está ali parado.
— Vamos? - Ele diz.
Eu dou de ombros e viro para entrar novamente na sala. Sento em minha cadeira e ele se senta de frente para mim.
— O que você está tramando agora? - Pergunto.
— Nada. Eu marquei essa reunião porque precisamos falar de negócios e eu não sei se conseguiria falar enquanto você está pelada em nossa cama.
— E por que a outra opção seria pelada em nossa cama? Não poderia ser tomando um café?
— Não. Eu sempre quero você pelada para mim. - Ele diz divertido. — Mas sério, Flora, eu tenho mesmo uma proposta de negócios. Esse foi apenas meu jeito de te mostrar que estou fazendo isso por negócio e não por amor.
— Que proposta?
— Quero investir na pousada, para fazermos os chalés. As pesquisas que eu fiz mostram que isso pode ser uma grande tendência e ser pioneiro dessa ideia tira de nós a pressão de fazer as coisas diferentes. Quem nos copiar, terá que criar coisas novas. Mas acho que se fizermos isso, não seremos mais uma pousada, um hotel fazenda talvez, ou até um resort. Isso definitivamente colocará Serra Dourada no mapa. Todo mundo sairá ganhando.
O tempo inteiro Erik usa "nós" e isso faz eu amá-lo mais, se é que isso é possível.
— Devíamos aproveitar que estamos no início do ano e começar, podemos ter as coisas prontas no inverno e tentar investir na temporada, aproveitar o festival, tudo... O que você acha?
— Sabe, não precisava disso tudo, é claro que eu quero ter você como sócio. Eu não conheço ninguém melhor do que você para negócios. E eu concordo, acho que podemos transformar aqui em algo maior.
— É o que você quer? Nem todo negócio precisa crescer, se manter a Lago Encantado dessa forma for seu desejo, assim será.
— Eu quero. Sinto que podemos fazer muito pelo legado de Rosa e até pela cidade. Essa cidade me acolheu, Erik, mesmo quando eu apenas queria ficar aqui na pousada e não saía por aí.
Ele sorri em entendimento. Levanta e vai até minha cadeira, estende a mão para mim. Eu acho graça.
— Então, negócio fechado?
Ainda rindo, junto minha mão na dele.
— Negócio fechado.
— Agora, eu vou selar esse acordo com um beijo.
Ele diz se abaixando até mim, eu coloco a mão em seu peito fazendo com que ele pare.
— Espere aí, quero negociar esse acordo.
Ele ergue a sobrancelha.
— Negociar?
— Sim, eu não quero um beijo. Eu quero um orgasmo...
Então, Erik sorri, ele me beija e se ajoelha em minha frente. Ele levanta meu vestido e me puxa um pouco para começar a cumprir o que pedi. Eu poderia dizer tantas coisas mais que Erik fez e cada sensação que ele despertou em mim, mas a forma com que ele me venera e me ama, me tira todas as palavras plausíveis. Fecho meus olhos e posso sentir meu corpo começa a tremer, estou quase me entregando quando...
— EVARISTO...
Nós ouvimos alguém gritar e em seguida o balir rouco de Evaristo. Uma confusão começa, Erik tira seu rosto de dentro do meu vestido e me olha desolado.
— Nós precisamos ir? - Ele pergunta.
Vou dizer que podemos ignorar, mas barulho de vasos se quebrando e as vozes dos meus funcionários correndo atrás do bode, me impedem.
— Nós precisamos...
Digo desolada também, mas acabamos rindo. Ele se levanta, me dá um beijo e eu sinto meu gosto nele.
— Eu cumpro nosso acordo mais tarde, amor.
Então, nós nos levantamos e quando vamos em direção ao meu caos diário que tanto amo, tenho a impressão que, finalmente, estou em nosso felizes para sempre.
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