— Zoé, você viu meu celular? - Eu pergunto.
— Não, Flora. Quer que ligue pra ele?
— Por favor, eu liguei mais cedo para o Erik, depois eu falei com o Gael, mas não lembro se usei depois disso.
Ela pega seu aparelho e liga, nós não ouvimos tocar. Peço para Charles ficar um pouco na recepção, enquanto nós procuramos pelo aparelho. Fazemos isso em vários lugares da pousada e nada.
O último lugar que tentamos é o salão de jogos, embora eu tenha certeza que não estive aqui hoje.
— Que droga! Onde será que enfiei?
— Será que você não deixou cair quando foi andar de cavalo?
— Não, eu falei com o Gael depois disso. Que horas são?
— Cinco e meia.
Eu suspiro.
— Está tudo bem? - Ela pergunta preocupada.
— Não sei. Erik e eu tivemos uma briga, foi hoje de manhã, um pouco antes do almoço. Ele disse que viria para a gente conversar, mas não sei se já deu tempo dele chegar ou se ele está demorando. E agora, não acho meu celular.
— Você sabe o telefone dele de cabeça?
Eu balanço a cabeça em negativa. Quem nesse mundo informatizado guarda números de alguém? Eu não sei nem o início da combinação.
— Nós podemos olhar na ficha dele e você liga de outro aparelho.
Eu suspiro e dou um sorriso triste.
— Jesus, estou tão nervosa que não pensei no óbvio.
Nós duas voltamos para a recepção. Estou com uma sensação estranha, não consigo explicar, apenas preciso falar com ele, mesmo que ele esteja com raiva ou coisa do tipo. Quando estou prestes a pegar a ficha, uma Violeta esbaforida entra.
— Desculpa, Flora !
— O que aconteceu?
Ela começa a mexer na bolsa.
— Juro que foi sem querer, peguei o seu celular por engano, só percebi porque ele começou a tocar na minha bolsa. Desculpa mesmo, as capinhas são parecidas e eu saí meio atrasada.
Eu fico aliviada, pelo menos não perdi.
—Tudo bem. Você disse que ele tocou?
Eu me aproximo para pegar.
— Sim, era a Charlene, mas fiquei sem jeito de atender. Então só vim o mais rápido que pude.
Eu acendo o celular e vejo que há muitas ligações.
— Jesus, o que será que houve? Tem quase dez ligações.
Eu imediatamente retorno a ligação, Charlene atende rápido.
— Flora, que bom que você ligou de volta.
Eu vejo que sua voz está nervosa, meu coração acelera de preocupação.
— O que houve? Meu celular estava com a Vi. Só agora ela conseguiu me entregar.
Ela funga e não me responde.
— Char?
— Estou no hospital com o Bernardo e a Dona Ágatha.
Meu coração acelera porque ela não falou sobre o Erik.
— E o Erik? Ele já veio para cá? Você não está conseguindo falar com ele? É isso? O que aconteceu?
Eu pergunto desesperada. Desejando que ela me diga que Erik está vindo para conversarmos.
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O Lago Encantado
RomansATENÇÃO: ESSA OBRA É +18 🔞 E CONTÉM TEMAS SENSÍVEIS (VIOLÊNCIA E SEQUESTRO) QUE PODEM DESPERTAR GATILHOS. OS CAPÍTULOS SERÃO SINALIZADOS. CUIDE SEMPRE DE SUA SAÚDE MENTAL Ana Flora Albuquerque, agora apenas Ana, deixou sua vida para trás e chegou n...