Maldita cobra

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Hoje finalmente voltamos para casa, acho que aproveitamos o suficiente aquele lugar ontem. Como uma viagem para querer relaxar pode ter me deixado tão exausta? Sim, sim, claro, por culpa deles.

Quando eu estava no meu quarto deitada na cama enquanto mexia no celular, eu vejo alguém abrir a porta do quarto sem bater, depois ele fecha a porta por trás e vem até mim sentando ao meu lado, então eu levanto o meu corpo para me sentar também e esperar o que Madara tem para falar, já que veio tão do nada.

— Desculpa se machuquei — falou dando um beijo suave no meu pescoço. No final, apesar de tudo eles ainda se importam como eu estou, os outros não precisaram me pedir desculpas depois, eles me trataram com o jeito carinhoso, mas Madara não falou muita coisa até chegar em casa. — Eu te trouxe isso aqui — tirou do seu bolso um gel para dores no corpo. — Imaginei que você estaria.

— Obrigada, vou usar bastante... Tem como você passar por mim nas costas?

— Claro. — então, eu deito na cama de bruços e levanto a camisa até onde podia. Madara senta ao meu lado na cama e sinto o gelado do gel, além de passar ele também massageava os locais, isso ficava queimando levemente minhas costas, mas nada que me incomodasse.

O ambiente de repente ficou em silêncio, eu estava sem saber mais o que falar e provavelmente ele também. Mas pelo menos, sua atitude, sua forma de falar, o seu jeito... agora está tudo mais calmo. Porém... O que mais será que se passa na mente dele? Eu sei que mesmo demonstrando algumas coisas, eles sempre tem sentimentos guardados do que planejam fazer ou que querem fazer, e eu preciso ficar mais de olho nisso.

(...)

Em plena segunda-feira, não tenho muito o que fazer hoje já que os meninos estão no trabalho e eu estou aqui sozinha, então depois que terminei de assistir alguns vídeos no youtube pelo celular desleixada sobre o sofá, eu fui dar uma andada pelo quintal. Quando me levantei dei uma espreguiçada no corpo, melhorei um pouco mais das dores ontem, que bom, se caso eu voltar essa semana a trabalhar seria horrível, mas aliás, quando será que meu chefe vai voltar da viagem?

Enquanto eu ficava pensando nisso eu já estava no quintal agachada de frente as plantas, observando como elas estão, e os meus pensamentos logo foram sendo interrompidos por uma cobra branca que apareceu do nada, saindo de trás das plantas, ela se rastejava devagar perto do meu pé. Por eu me assustar, dou um grito caindo de bunda no chão.

— Mas que merda! — falei alto pelo susto. Olho para os lados para ver se tem algo para bater nela, então a primeira coisa que eu vi próximo foi um pedaço fino de madeira, então eu peguei e comecei a bater nela que começou a ficar agressiva, mas até que então algo aconteceu... A cobra se transformou em... uma pessoa?

Fiquei ali paralisada por alguns segundos olhando para o homem, longos cabelos negros e pele extremamente pálida.

— Isso doeu! Sua... — falou bastante irritado comigo mostrando sua mão com punho fechado, depois abaixou.

— Q-Quem é você...?! — eu nem deveria ter ficado surpresa por um cobra ter se transformado em humano, até porque né...

— Hum..? — ele agora olha para mim percebendo minha cara assustada, porque depois dessa não tem como não ficar. Ele não responde a minha pergunta e simplesmente anda passando por mim e entrando para dentro da casa.

— Mas o que que diabos...? — eu rapidamente me levanto ainda no chão e vou atrás dele. Ele parecia procurar por alguma coisa em cada cômodo, esse homem simplesmente entrava em um lugar e saía para ir no outro, então eu lhe chamei a atenção irritada por ter sido ignorada e ainda mais entrando na minha casa dessa forma, cheio de invasão. — EI! O que você pensa que está fazendo? Sua cobra! Vou te denunciar por invasão de propriedade! — então ele para de andar e se vira para me olhar. Ainda mais ele está nú! — Onde eles estão?

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⏰ Última atualização: Aug 18 ⏰

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A tia dos gatosOnde histórias criam vida. Descubra agora