Com o passar dos dias, Sarah tentou se afastar emocionalmente, buscando se concentrar no trabalho e nas suas responsabilidades. Entretanto, o ciúmes que sentia de Samantha, especialmente em relação à amizade dela com Evellyn, não diminuía. Sarah percebia que estava se isolando de seus próprios sentimentos, mas não conseguia ignorar a crescente sensação de perda e insegurança.
Enquanto isso, Samantha também lutava para entender seus próprios sentimentos e a nova dinâmica com Sarah. Ela mantinha uma postura profissional durante as aulas, mas os momentos a sós com a professora estavam carregados de um misto de tensão e desejo. As conversas entre elas eram cordiais, mas o que havia acontecido entre elas ainda pairava no ar.
Uma tarde, Samantha decidiu que precisava de um desabafo. Encontrei-se com Evellyn em um café local, o mesmo onde Sarah e Samantha haviam conversado antes. Evellyn notou imediatamente que algo estava incomodando Samantha.
— Você parece preocupada. O que está acontecendo? — perguntou Evellyn, após o garçom deixar suas bebidas.
Samantha suspirou, tomando um gole do café antes de responder.
— É complicado. É sobre Sarah... A situação entre nós está se tornando ainda mais difícil.
Evellyn franziu a testa, interessada.
— O que exatamente está acontecendo? — perguntou ela, tentando entender o problema.
Samantha hesitou, mas decidiu ser honesta com a amiga.
— Após o que aconteceu entre nós, Sarah está tentando manter distância. Eu entendo, é o certo a se fazer, mas... isso está me machucando. E o mais estranho é que ela parece estar com ciúmes, especialmente quando me vê com outras pessoas.
Evellyn olhou para Samantha com uma expressão de compreensão.
— Isso é complicado. Parece que ela ainda tem sentimentos por você, mesmo que esteja tentando se manter distante. E isso pode estar alimentando o ciúmes que você está percebendo.
Samantha assentiu, sabendo que Evellyn tinha razão. Ela sentia uma mistura de frustração e tristeza com a situação, mas também havia uma parte dela que queria encontrar uma solução.
— O que eu faço? Eu não quero forçar nada, mas também não posso continuar assim.
Evellyn pensou por um momento, antes de oferecer um conselho.
— Talvez você precise ser direta com Sarah. Dizer o que sente e o que deseja. Às vezes, enfrentar os problemas de frente pode ajudar a esclarecer as coisas e trazer alguma resolução.
Samantha concordou com o conselho de Evellyn e, no dia seguinte, pediu a Sarah para se encontrar fora da sala de aula. Ela havia decidido que precisava ter uma conversa franca com a professora, mesmo que fosse desconfortável.
Quando Sarah encontrou Samantha no café onde costumavam se encontrar, havia um silêncio tenso entre elas. Samantha se sentou, com um olhar resoluto, e Sarah seguiu seu exemplo.
— Sarah, eu preciso falar com você sobre o que está acontecendo — começou Samantha, sua voz firme.
Sarah olhou para Samantha, sabendo que aquela conversa era inevitável.
— Claro, Samantha. O que você gostaria de dizer?
Samantha respirou fundo, reunindo coragem.
— Eu sinto que estamos em um limbo. Estamos tentando ignorar o que aconteceu, mas não estamos conseguindo. E eu tenho notado que você parece estar com ciúmes quando me vê com outras pessoas, especialmente com Evellyn. Isso está me confundindo.
Sarah se inclinou para frente, o rosto revelando uma mistura de culpa e frustração.
— Eu... estou com ciúmes, sim. E sei que é irracional, mas não consigo evitar. Eu me importo com você, mais do que deveria, e isso está me afetando de maneiras que eu não esperava.
Samantha olhou para Sarah com um misto de compreensão e tristeza.
— Eu também me importo com você, Sarah. E eu entendo que você esteja confusa. Mas precisamos encontrar uma maneira de lidar com isso, seja seguindo em frente ou esclarecendo nossos sentimentos. Não podemos continuar assim.
Sarah assentiu, sentindo a dor da situação. Ela sabia que precisava encontrar uma solução, mas não sabia qual caminho tomar.
— Talvez você esteja certa. Precisamos de clareza. Eu não quero te magoar, mas também não posso continuar nessa situação sem uma direção.
Samantha estendeu a mão, segurando a de Sarah com ternura.
— Vamos tentar encontrar uma solução, então. Mesmo que seja difícil, pelo menos teremos uma resposta.
Ambas sabiam que a conversa ainda era apenas o começo de um processo complexo e emocional. Mas, ao menos, haviam dado um passo em direção a uma resolução. O futuro delas era incerto, mas o fato de estarem dispostas a enfrentar a situação juntas dava uma esperança de que poderiam encontrar um caminho a seguir.
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A professora de literatura.- S.B e S.H
FanfictionEm uma universidade, a jovem Samantha, de 18 anos, é uma aluna dedicada, mas sente-se perdida em meio aos desafios acadêmicos e pessoais. Sua vida ganha uma nova perspectiva quando ela conhece Sarah, uma professora de literatura de 27 anos, cuja pai...