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Yibo  
Quando Xiao Zhan voltou a entrar na minha vida, eu não tinha ideia de que acabaríamos namorando. Nunca, em meus sonhos mais loucos, pensei que estaria com um homem, mas estava, e foi o mais feliz que estive em muito tempo. Não que eu estivesse infeliz antes, mas estar com ele me fez sentir vivo. Ou talvez como um adolescente que ficava com tesão o tempo todo porque Xiao Zhan me deixava insaciável. 
Aproveitamos cada segundo que pudemos passar um com o outro nas semanas seguintes. 
Embora minha agenda fosse um pouco mais flexível porque eu sabia quando teria ou não meus filhos, Xiao Zhan nunca poderia contar com Fey. Mas de alguma forma, passamos um fim de semana juntos sem filhos. Também não havia muitas roupas envolvidas, embora fosse final de janeiro. 
O alarme de Xiao Zhan em seu telefone tocou, fazendo com que nós dois nos assustássemos. 
— Já é de manhã? — Eu gemi e passei meus braços em volta dele por trás. 
— Sim. Volte a dormir. 
— Eu não quero que você vá embora. — Eu o segurei com mais força para que ele não pudesse se levantar. 
— Alunos do ensino médio não conseguem aprender sozinhos. — Ele riu. 
— Bem. — Eu o soltei e rolei de costas. — Mas eu lembro que você matou aulas algumas vezes na faculdade e eu ficaria bem em passar o dia na cama com você. 
— Só voltamos das férias há algumas semanas. Não posso ligar dizendo que estou doente. 
— Ele saiu da cama e esfregou o joelho. 
— Seu joelho está incomodando você? — Eu perguntei, ignorando a situação escolar por um momento. 
— É apenas rígido pela manhã. 
Eu me apoiei nos cotovelos. — Eu não ouvi você se queixando antes. 
— Não estou me queixando. Só preciso andar um pouco. Talvez a chuva esteja chegando. 
Ele sorriu por cima do ombro enquanto se dirigia para o meu banheiro, sua bunda nua me encarando. 
Eu bufei uma risada. — Ok, velho. Que bom que você consegue sentir o clima em seus ossos. 
— Eu só preciso de uma massagem. 
— Eu posso te ajudar com isso. 
A descarga foi dada e ouvi a pia ser ligada. Alguns momentos depois, Xiao Zhan voltou para o quarto. 
— Então, você está dizendo que se eu matar aula, você vai me dar uma massagem? 
— Vou te dar mais do que uma massagem. — Eu pisquei. 
Ele estreitou os olhos para mim de brincadeira.
— Você é uma má influência, Wang Yibo.  
Deixei o lençol deslizar pelo meu corpo, revelando meu abdômen, e olhei para sua virilha enquanto respondia: — Não, não sou. 
Ele grunhiu uma pequena risada e se ajoelhou na cama com o joelho bom.
— Sim, você é. 
— Você vai me mandar para a detenção, Sr. Xiao? 
Nós nos encaramos por alguns instantes e então nós dois caímos na gargalhada. 
— Vou colocá-lo sobre meus joelhos — ele respondeu, ainda rindo. 
— O seu bom ou o seu ruim? — Eu provoquei. 
Ele me agarrou de costas. — Você precisa tomar cuidado com sua boca. 
— Ou o quê? — Eu provoquei. — Vai me dar algo para colocar nela? 
— Jesus — ele gemeu, seu pau endurecendo contra minha barriga. 
— O quê? — Eu sorri. 
— Se eu for demitido… 
— Você não vai ser demitido. 
— Eu nunca liguei dizendo que estava doente. — Nós olhamos nos olhos um do outro. 
— Então eles não suspeitarão de nada. 
— Mas Zizhen vai para lá. 
— Ele está em uma de suas aulas? 
— Não. — Xiao Zhan balançou a cabeça. — Mas às vezes eu o vejo pelo campus. 
— Basta mandar uma mensagem para ele dizendo que você não está se sentindo bem e você o verá mais tarde em casa. 
— Eu também tenho treino depois da escola — argumentou ele. 
— Tenho certeza de que seus assistentes técnicos podem lidar com um único treino. Alguma outra desculpa? 
Ele riu. — Não, mas só desta vez. 
Um sorriso lento se espalhou pelos meus lábios. — Só desta vez. 
— E você está me dando uma massagem depois que eu ligar. 
— Vou pegar o lubrificante. Quero dizer, óleo. Vou pegar o óleo de massagem. 
Ele sentou-se sobre os calcanhares, seu pau em pleno mastro. — Você vai precisar de ambos.    
Os minutos passaram enquanto Xiao Zhan e eu relaxávamos no meu deque traseiro com vista para o Oceano Pacífico. Logo ele teria que ir embora e nós dois teríamos nossos filhos pelo resto da semana, e como as aulas estavam de volta e ele estava ocupado com a equipe do ensino médio, haveria menos dormidas onde um de nós poderia – adormecer – no sofá. 
Meu telefone tocou na mesa lateral ao meu lado com uma mensagem. Agarrando-o, vi que era minha ex-mulher.   Estou a caminho. YuBin esqueceu a luva no meu carro. 
Sentei-me rapidamente, tentando me desvencilhar de Xiao Zhan o mais rápido que pude. 
— O quê? O que é? 
— Ziyi está vindo deixar a luva de YuBin. 
— Ah merda. — Ele pulou do sofá. 
Xiao Zhan estar na minha casa não era um problema, mas ele deveria estar no trabalho e Ziyi sabia disso. Como explicaríamos por que ele estava na minha casa em vez de dar aula? 
Ele correu para o meu quarto, provavelmente em busca do resto de suas roupas. Eu não tinha ideia se Ziyi iria querer entrar para falar merda por um minuto ou se ela planejava deixar a luva para mim na porta. Eu não queria correr o risco de que fosse a primeira opção. 
Seguindo Xiao Zhan até meu quarto, tirei um moletom dos Rockies do armário e coloquei-o pela cabeça. — Eu sinto que estou expulsando você. 
— Está bem. — Ele calçou um sapato e começou a amarrá-lo. — Preciso ir para casa e fingir que fiquei na cama o dia todo. Fazer sopa para o jantar ou algo assim. 
— Sim, preciso pensar no jantar também. Xuanlu provavelmente vai querer espaguete e estou sem molho. 
Depois que ele calçou o outro sapato e pegou a bolsa, eu o segui até a porta da frente. Eu puxei para abri-la. — Obrigado novamente por matar aula. 
— Valeu a pena. — Ele se inclinou e seus lábios encontraram os meus. Nós nos beijamos por alguns momentos e depois nos separamos. — Eu vou te ligar. 
Nós dois nos viramos para frente, apenas para minha respiração parar. 
— Uau — Ziyi exalou.
— Eu… uau. 
— Ziyi. . — comecei a dizer, tentando inventar uma mentira em um piscar de olhos. 
— Não, tudo bem. Só não tinha ideia — afirmou ela. 
— Eu deveria ir — disse Xiao Zhan. 
— Não, parece que sou eu quem deveria sair. — Ziyi recuou. — Desculpe pela interrupção. 
— Por favor, espere — eu implorei a ela. — Deixe-me explicar. 
— O que há para explicar? — Ela acenou com a mão em nossa direção. — Você é livre para estar com quem quiser. Somos divorciados. 
— Então, você está bem com isso? 
— Os meninos sabem? 
— Não — Xiao Zhan e eu respondemos ao mesmo tempo. 
— Você vai contar a eles? 
— Ainda não — respondi, e virei o polegar na direção de Xiao Zhan. — Ainda estamos vendo onde isso vai dar. 
— OK. — Ela assentiu.
— Eu confio no seu julgamento. Desculpe novamente pela intrusão. 
— Espere — eu gritei. — A luva? 
— Oh, certo. — Ela riu e empurrou-a em minha direção. — Não posso esquecer isso ou posso encontrar outra coisa. 
— Ziyi, você tem certeza de que está tudo bem com isso? — Eu me perguntei. 
— Eu não tenho nenhum problema com vocês dois, se é isso que você está perguntando. 
Estou apenas em choque. 
— Não conte a ninguém, ok? — Xiao Zhan implorou. 
— Eu não vou.
......

Uma noite apenasOnde histórias criam vida. Descubra agora