Alô-bernal

03

Joana

Alguns dias se passaram desde nossa última conversa no parque, e Marc manteve a promessa. Ele me enviou uma mensagem naquela manhã.

"Pronta para a Costa Brava? Tenho certeza de que você vai adorar. Saímos em uma hora, e eu te pego no apartamento."

Senti um frio na barriga de antecipação. A Costa Brava era um dos lugares mais recomendados por todos que eu conhecia desde que cheguei a Barcelona, e agora, finalmente, teria a chance de vê-la. Vesti algo confortável e prático e esperei por Marc. Logo ele chegou, com o carro pronto para a viagem.

— Ansiosa?— perguntou ele com um sorriso largo.

— Demais! Ouvi falar tanto da Costa Brava que mal posso esperar para conhecer.

Pegamos a estrada e, ao longo do caminho, Marc me contou histórias sobre suas visitas anteriores àquela região,enquanto íamos ouvindo minha playlist portuguesa que eu conectei no carro, Marc não tinha idade para ter carro nem dirigir, porém a mãe dele empresta o carro para ele, pois ele sabe dirigir. À medida que o tempo vai passando a gente começa a avistar rochas e algumas falésias indicando que estávamos próximos da costa brava, ou até já nela.

— Aqui estamos — disse ele, enquanto estacionava o carro próximo a uma praia escondida entre penhascos. — Prepare-se para um dia incrível.

Descemos do carro e seguimos uma trilha que nos levou até a praia. O lugar era simplesmente deslumbrante. O mar cintilava sob o sol, e as pequenas ondas batiam suavemente na areia dourada.

— Uau, Marc, isso é lindo demais!— exclamei, sentindo o ar fresco e salgado bater no rosto.

Ele sorriu, satisfeito com minha reação.

— Sabia que você ia gostar. É por isso que eu queria te trazer aqui. Há tantas praias maravilhosas na Costa Brava, e essa é uma das mais tranquilas. Menos turistas, mais natureza.

Montamos um pequeno espaço na areia, e passamos a manhã relaxando, conversando e aproveitando o sol. A água estava convidativa, e logo decidimos dar um mergulho. Marc parecia um peixe na água, nadando com facilidade, enquanto eu, meio desajeitada, ria das tentativas de nadar ao seu lado. Eu sabia nadar mas ele era ágil demais para eu acompanhar.

— Você precisa praticar mais, Joana! — brincou ele, depois de me puxar de volta quando uma pequena onda quase me desequilibrou.

— pode deixar! Da próxima vez, vou te surpreender!— retruquei, rindo.

Depois de um bom tempo na água, voltamos à areia para descansar. A leveza e a diversão do momento estavam tão presentes que eu não podia deixar de me sentir grata por estar ali, por conhecer Marc e por ter essa oportunidade.

— Obrigado por me trazer aqui— disse, virando-me para ele, que estava deitado com os olhos fechados, aproveitando o sol, ou tentando ganhar uma cor deitado na minha canga, ela era enorme então estávamos os dois deitados nela.