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Daniel desce as escadas correndo, a adrenalina correndo em suas veias. Ele vira a esquina, seus olhos como de um animal selvagem encarando alguns traficantes conversando.

— Quem foi, porra? Quem está sendo a putinha pra os boinas?! — Daniel grita levantando a arma, o rosto com uma expressão irritada e forte, encarando os 4 traficantes congelarem por sua voz autoritária.

— Não sabemos, mano. Nem vimos os canas chegarem.

Aquela simples frase fez as veias das têmporas de Daniel incharem. Ele puxa o gatilho, atirando na cabeça de um dos traficantes, a bala perfurou o crânio, acertando em cheio o cérebro. O sangue respira na parede ao lado do traficante atingido.

— É só um aviso, eu vou matar quem está abrindo a boca para eles! —.Daniel grita atirando novamente, acabando com o pente de balas. Os três rapazes se entreolham assustados, enquanto Daniel descarrega sua raiva nas balas, atingindo várias vezes o corpo do traficante morto no chão.

— Daniel! — uma voz feminina suave grita seu nome. O rapaz vira, ficando de frente com uma bela moça, a morena olha assustada para ele, as lágrimas deslizam por seus belos olhos. — Filipe foi atingido e pegaram o meu mozão e o Rafinha...

— Como assim, Camilla? Como você sabe do Rafinha...quero dizer.... Rafael? — Daniel pergunta virando, os traficantes correm em desespero, temendo por suas vidas.

A moça nomeada Camilla agarra o braço forte de Daniel, ela chora alto escondendo o rosto no peitoral dele. — Dondoca estava ajudando Gabriel a fugir, quando ouvimos um barulho de telhas caindo. E minha irmã ouviu o barulho de tiros vindo da escadaria perto da adega, quando chegamos em cada local onde escutamos os tiros, vimos Bruno sendo levado para o camburão e o Filipe jogado no quintal da casa da Dona Lurdes...Daniel...Filipe está horrível, ele foi baleado...

— O que? — Daniel sussurra olhando preocupado para Camilla, os olhos procurando qualquer expressão facial que mostrava que ela estivesse mentindo ou brincando com ele. Mas não encontra nada, Daniel se afasta puxando o braço do aperto de Camilla.

Ele corre, ignorando os gritos para voltar. Daniel não podia acreditar no que estava acontecendo, sua mente estava inquieta. Várias perguntas surgem nela, mas sem respostas naquele momento. Daniel vira a esquina, as pernas cansadas de correr. A adrenalina volta a subir por suas veias, a mão treme enquanto coloca mais algumas balas na arma.

Ao entrar na rua, ele se depara com um policial de costas andando sozinho, vasculhando a área. Daniel encosta na parede, ele levanta lentamente a arma, apontando em direção a cabeça. Os olhos vidrados esperando o momento certo. Ele não podia arriscar aquilo ser uma armadilha.

Percebendo que não tinha outros policiais por perto, Daniel puxa o gatilho, liberando a bala. Ele atirou mais duas vezes, acabando com o pente de balas. As três balas perfuraram a nuca, entrando com facilidade nos músculos, cravando assim no crânio.

Daniel abaixa a arma, seus batimentos cardíacos ainda são acelerados pela adrenalina. Seus pensamentos voltando a Filipe, ele estava rezando em silêncio para que seu amigo e companheiro estivesse bem, que fosse simples balas. Daniel guarda a arma no cós da calça de moletom, voltando a correr. Deixando o corpo do policial jogado no chão.

Daniel corre por mais alguns minutos até chegar na casa a poucos metros do sobradinho simples de Filipe. Uma senhora de idade estava na porta da casa térrea, abraçando um dos gatos. O rosto com uma expressão horrorizada e medrosa. Daniel abaixa a cabeça passando por ela sem falar nenhuma palavra.

Ele olha ao redor, mas seus olhos focam principalmente no quintal, Daniel se aproxima. Seu sangue gela vendo Filipe sentado no chão segurando o ombro, a bala alojada na coxa impedindo que o rapaz se levantasse do chão. — Caralho...pensei que fosse morrer...

[+18] Códigos do CrimeOnde histórias criam vida. Descubra agora