sete, se você ir embora.

269 40 12
                                    

Lilian Bianchi

"Eu vou derramar nos seus planos, o resto da minha alegria — Mentiras"

— Wagner! Não vale! — Exclamei finalmente desistindo daquele maldito jogo de futebol. Sei lá qual seja o nome desse videogame. — É muito roubo!

— Não vale o que? Você que é ruim e sai apertando todos os botões. — Se defendeu deixando o controle branco de lado.

— Não acredito que você me ofendeu dessa maneira! — Me fiz de ofendida levando as duas mãos até meu peito. — Invés de você me ensinar a jogar direito o negócio.

Suas mãos prontamente abraçaram minha cintura e me puxaram bruscamente para seu colo. Ele estava sentado então minhas pernas ficaram de cada lado das suas coxas.
Intrigante eu diria.

Abracei seu pescoço e deitei minha cabeça no seu ombro, ou melhor, na curva do seu pescoço.
Seu cheiro era inebriante e muito gostoso.

— Acho que vou ter que te ensinar a jogar FIFA então. — Murmurou contra meu pescoço e então finalmente descobri o maldito nome do joguinho.

— Eu não quero jogar essa coisa idiota. — Respondi erguendo minha cabeça encontrando seus olhos. — Homens são idiotas e por serem idiotas, eles também jogam jogos idiotas e fazem coisas extremamente idiotas. É a lógica.

— Me considera um homem idiota então? — Moura colocou uma mecha do meu cabelo escuro para trás da minha orelha.

Neguei com a cabeça inclinando meu rosto na direção da sua mão. Querendo mais daquele toque, daquele carinho.
Foi automático.

Tenho que admitir que meu corpo adora seu toque.

— Não... — Sussurrei um pouco atordoada quando sua polegar raspou de leve no meu lábio inferior.

— E por que não? — Questionou raspando a ponta dos seus dedos pelo meu pescoço exposto.

— Não sei... — Respondi sinceramente levando minhas mãos até seus ombros. — Sinceramente, não sei...

— Espero que logo você descubra, princesa.— Murmurou baixinho antes de apertar minha coxa com uma certa brutalidade.

— E o filme e a pipoca? — Questionei observando a grande porta da varanda atrás de nós. já estava ficando escuro e ainda nem sinal dos nossos planos.

— Eu vou lá fazer sua pipoca. — Proferiu levantando comigo.

— Você precisa de ajuda? Acho que deve ser um desastre na cozinha. — Ri de lado o seguindo até a cozinha.

— Eu me senti realmente ofendido agora. — Wagner levou a mão até o peito fingindo chateação. — Eu devo cozinhar melhor que você... Com certeza devo. Um dia vou fazer o jantar para você.

Começamos a rir juntos. Essa sensação era incrível. Sem comparações ou descrições. Simplesmente era incrível.

— Eu não sou uma master Chef, mais também sei me virar muito bem. — Dei de ombros me sentando na bancada de mármore enquanto ele pegava todos os utensílios necessários. — Sei fritar uns ovos, fazer um miojo.

— Pesadelo na cozinha... — Wagner murmurou passando por mim e deixando um beijo no canto da minha boca.

Sorri contra seus lábios e passei a mão pelo seu rosto enquanto ele se afastava para ir até o fogão.

— Se Aurora tivesse visto isso com certeza diria que estamos apaixonados. — Falei enquanto ria levemente. — Ou que o casamento já está marcado. Algo do tipo.

Meu Acaso Perfeito - WAGNER MOURAOnde histórias criam vida. Descubra agora