cinco, diz tudo sobre você.

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É singular
Tua vergonha e tua forma de pensar
O teu abraço que me enlaça devagar
Enfeita todos os meus dias e horas" - Singular

Lilian Bianchi

— Humm. — Gemi sentindo minha cabeça doer.

Abri os olhos demoradamente me acostumando com a claridade do ambiente.

Merda, o que aconteceu? E que quarto é esse?

Última coisa que me lembro é de estar sentada com Wagner na areia macia da praia.
Lembro de todas as taças de vinho que esvaziei, e de todas as risadas, conversas, praticamente de tudo.

Mas não lembro de como vim parar aqui.

Me sentei me espreguiçando totalmente dolorida, a minha cabeça ainda girava.
Olhei por baixo do edredom conferindo se tudo estava no seu devido lugar e para a minha não tão surpresa, estava.

Olhei diretamente para frente e só agora que percebi Wagner dormindo sem coberta e sem algum travesseiro no pequeno sofá de frente para a cama.

Suspirei sorrindo de lado percebendo o que ele havia feito, eu sinceramente não me importaria se ele dormisse na mesma cama que eu. Afinal, essa cama é enorme e caberia facilmente nós dois e sei que ele nunca agiria com maldade alguma.

Me levantei preguiçosamente e caminhei até ele, seu corpo estava virado de frente para mim. Wagner estava encolhidinho com as mãos embaixo do rosto enquanto respirava suavemente.

Me sentei no pequeno espaço na altura do seu abdômen. Mordi o lábio levemente e cedi a minha curiosidade de passar as mãos pelo seus cabelos escuros, que eram tão macios quanto.

Moura resmungou algo e se inclinou na direção do meu toque, ele estava despertando.

— Bom dia dorminhoco. — Murmurei baixinho assim que ele abriu os olhos inchados e avermelhados pelo sono.

— Bom dia Lili. — Sorriu preguiçosamente para mim.

Retribui seu sorriso e por um momento me vi tentada a abraçá-lo apenas para sentir seu cheiro.

— Ainda está cedo. — Suspirou voltando a fechar os olhos. — Vem aqui vem.

— Wagner! — Soltei um gritinho pelo susto quando suas mãos me puxaram com firmeza, me fazendo deitar de frente para ele. — Eu vou acabar caindo.

— Não vai não, eu te seguro. — Resmungou escondendo o rosto no vão do meu pescoço.

Prendi a respiração sentindo o ar quente da sua respiração contra minha pele exposta.

Não nos beijamos nenhuma vez ainda. Me recuso a acreditar que o máximo que chegamos foi a um selinho, nunca vi isso acontecer antes e também nunca tive paciência para isso antes.

O que mais me impressiona é não ter havido nenhuma insistência da sua parte, por que convenhamos que hoje em dia é algo infelizmente mais do que comum. Como dizem "Homens tem necessidades".

— Para de pensar um pouco Lilian. — Sua voz rouca pelo sono me deixava tontinha. — Só aproveita o momento, ok?

— Unhum. — Resmunguei tentando relaxar nos seus braços.

— Linda. — Murmurou contra meu pescoço enquanto suas mãos faziam um carinho leve nas minhas costas.

Senti suas mãos descerem pelas minhas costas até chegaram na base da minha coluna. Arfei baixinho sentindo novamente aquela excitação crescer.

Um beijo molhado foi deixado no meu pescoço e então as batidas nas portas chamaram totalmente nossa atenção.

Suspirei irritada arrancando risos leves dele.

Meu Acaso Perfeito - WAGNER MOURAOnde histórias criam vida. Descubra agora