REBELDIA - Richard Rios

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Caroline Ferreira | 22
São Paulo | Brasil

Estávamos em uma roda de amigos, todos conversando, rios e sua amiga, estava em nossa frente.

Quando eles se juntaram, eu educadamente cumprimentei os dois, eu estava incomodada de ciúmes, mas não sou mal educada.

Mas estou curiosa sobre eles, realmente são só amigos? Eles não estão tão proximos, mas também não estão tão distantes, não da para falar que são um casal. Mas não tirava meus olhos deles, tentando captar qualquer sinal.

— Ca, você ta parecendo um espírito obsessor. — Lyvia cochicha.

— Da pra ver?

— Claro! — Ela me olha como se fosse obvio. — Você esta frente a frente com eles, e não desvia o olhar, tá ate deixando a moça desconcertada.

— Não reparei que estava tão nítido.

— E não foi você que falou que não estava incomodada? — Lyvia fala com deboche.

— Estou apenas curiosa sobre eles.

— Chega lá e pergunta ue.

— Para ne lyvia, não sou descarada á esse ponto.

— Então para de encarar eles! Ou só disfarça. — lyvia fala e logo volta sua atenção a roda de conversa.

Faço igual lyvia me aconselhou, só achei curioso so dois estarem saindo ate juntos.

Depois de mais alguns assuntos, eu ja estava de saco cheio, e só queria ir para minha casa.

— Lyv vamo pra casa?

— Ca, vamo ficar só mais meia horinha. — Ela fala ja com a voz arrastada.

— Olha lyv, vou te deixar aqui com o gabriel pode ser? E eu ja vou indo, vou pedir um carro por aplicativo.

— Se cuida. — Ela se despede, e dou um beijo em sua testa.

Tava descendo pro estacionamento, e fiquei sentada na calçada, pelo horário, os motoristas não estavam aceitando, alguns aceitavam e logo recusava.

Ate que uma voz famíliar soou sobre meus ombros.

— Quer carona?

Quando olho para tras, vejo rios com sua amiga.

— Não precisa. — Respondo e devolvo minha atenção ao celular.

— To vendo que nenhum uber ta aceitando, posso te levar pra casa sem problema nenhum. — Ele insisti.

Não sabia se aceitava ou não, imagina o climão que ficaria naquele carro, mas também nenhum motorista tava aceitando.

— Uma mulher ficar sozinha esse horário é perigoso. — A amiga dele responde com tom doce. — Vamo.

Sem resistir mais, decido entrar no carro, ela no banco da frente, e eu no de trás.

E esse pequeno detalhe, me incomodava.

— Você não tem que trabalhar amanhã? — Richard quebra o silêncio.