THE PARENT TRAP - VALU ADAPTAÇÃO.

CAPÍTULO 19.

NO DIA SEGUINTE

NAPA – Por volta das 6h. m.

Valentina acordou com um cheiro muito forte de café e demorou um minuto inteiro para perceber onde estava. O teto alto, suavemente banhado pela luz matinal de verão, era muito diferente do de seu quarto e era o cheiro sutil de tinta que o rodeava que o denunciava.

Gemendo, ele se apoiou nos cotovelos e estremeceu com a rigidez no pescoço antes de olhar lentamente ao redor. Finalmente, ele encontrou um par de olhos castanhos brilhantes e um sorriso conhecedor.

“É muito cedo”, acusou Valentina, franzindo a testa para o irmão, que estava sentado no banco de pintura. Ela havia se sentado mais perto do sofá onde havia desmaiado na noite anterior, exausta e ainda com raiva.

-Eu sei. “Aqui”, disse Igor, pegando uma xícara de café no caminho por onde estava e entregando-a ao irmão. Valentina aceitou com um suspiro de alívio e tomou alguns goles.

— Ugh, está quente! ela protestou, quase derramando a bebida enquanto a afastava da boca e usava a mão livre para abaná-lo.

— Sim, bem. É muito legal. Agora, eu ia dormir imediatamente desde que voltei há cerca de quarenta minutos, mas encontrei Leo na sala, parecendo muito perturbado e triste”, disse Igor, seu tom suave, mas seus olhos procurando algo no rosto de Valentina. .

A artista sentiu uma pontada de culpa no estômago ao pensar em preocupar o filho, mas então os acontecimentos do dia anterior voltaram à sua mente e ela cerrou os dentes.

"Ele mencionou seu grande erro e, embora não tenha entrado em detalhes, disse que Siobhan terminou com você e cancelou o casamento", acrescentou Igor lentamente, ainda estudando as feições do irmão.

Valentina tomou um gole de seu café quente demais e dessa vez nem se encolheu com a temperatura.

“Sinto muito”, disse Igor docemente e estendeu a mão para colocar uma mecha de cabelo atrás da orelha de Valentina. Foi um gesto simples, que mal poderia ser visto como apoio, mas para ambos foi mais do que isso. Foi compreensão e aceitação, com um toque de distância que ambos sabiam que precisavam. Valentina ainda estava perdida na confusão de seus sentimentos e Igor tinha consciência disso.

—Estou... cansado, Igor. Cada vez que me permito tentar ser feliz... algo acontece e me sinto quebrada e magoada”, Valentina sussurrou e parecia muito exausta. Havia tristeza e dor em seu tom, mas essas emoções eram distantes, como um eco sob a fadiga.

—Bem, em primeiro lugar, você só tentou umas três vezes na vida e, em segundo lugar, a vida é assim, Valentina. Todos nós passamos por isso e tentamos, falhamos, mas não importa o que aconteça, tentamos novamente. Demorou anos depois de Luiza para pensar em namorar novamente, claro, mas finalmente conseguiu. Não funcionou. É triste, é difícil e está tudo bem sentir o que você sente agora, tristeza, dor, raiva, amargura... Mas a vida não acaba porque alguém partiu seu coração de novo", afirmou Igor, com sua voz clara e firme. e seus olhos brilhando com apenas uma pitada de aborrecimento.

"É muito cedo para esse tipo de conversa estimulante e, a propósito, você é péssimo nisso, sabe?" —Valentina resmungou ao cair de costas no sofá. Ela ficou magoada e, para ser sincera, não gostou nem um pouco do que o irmão estava dizendo.

—É difícil ouvir, principalmente agora, eu sei. Desculpe. No entanto, tenho algo para lhe contar sobre Siobhan que pode... mudar sua visão sobre o rompimento”, disse Igor, e pela primeira vez em muito tempo, ele parecia muito pequeno e inseguro, hesitante. Valentina ergueu uma sobrancelha surpresa com isso, sabendo que seu irmão geralmente era o tipo de homem corajoso que só falava a verdade, não importando as consequências. Um pouco como Luiza Campos, pensou distraidamente.