CAPÍTULO 21.

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NO MESMO DIA

UMA CIDADE PERTO DE NAPA - Por volta das 19h

—Mamãe não usa salto. O inferno deve ter congelado... —Leo sussurrou para o irmão, olhando para os apartamentos da mãe com uma expressão de absoluta surpresa no rosto.

“Ouvi isso e quero que você saiba que nem sempre uso salto alto”, respondeu Luiza sem sequer olhar para o filho.

Ela seguiu na frente com Valentina, Igor e Duda, enquanto os meninos a seguiam para conversar e planejar as arquibancadas e os jogos que queriam experimentar.

—Isso é novo, desde quando? Valentina bufou e Duda riu, ganhando efetivamente um olhar furioso da amiga.

Eles seguiam em direção à cidade, um pequeno grupo entre outras famílias, casais de mãos dadas e adolescentes da banda, ansiosos para se divertir. Uma música suave já ecoava no ar e o ambiente era leve e divertido, descontraído.

Os meninos usaram praticamente a mesma roupa, com Vans pretas, shorts bege e camisetas de super-heróis. A única diferença era que Leo estava vestindo uma camiseta preta com o logotipo amarelo do Batman espalhado no peito, enquanto Liam estava vestindo azul, com o escudo do Capitão América na parte superior esquerda do torso. Óculos de sol completavam o visual, perfeitamente idênticos.

—Sim, mãe, desde quando? —Liam insistiu em tom brincalhão, cutucando o irmão para indicar que eles deveriam continuar brincando sobre o assunto.

“Calma, pessoal”, Igor interveio com um olhar de advertência.

“Tem um cheiro divino!” Valentina notou de repente, enquanto seus olhos procuravam a fonte do aroma de carne assada flutuando no ar.

—Claro, porque para você qualquer tipo de comida que não seja verde cheira bem... —Luiza sorriu e Igor bufou.

—Ele está certo, sabe? O irmão mais velho disse com indiferença, antes de virar a cabeça enquanto Duda puxava suavemente suas mãos entrelaçadas.

“Seja gentil!”, disse o jovem Pedroza, oferecendo um sorriso a Valentina.

As duas mulheres ainda não haviam interagido de verdade e, embora Luiza tivesse explicado a importância de Duda, Valentina ainda lutava para aceitar o fato de a irmã de Lois Pedroza ter criado um de seus filhos, entre outros problemas.

A jovem Albuquerque sorriu de volta, mas então apareceu o primeiro food truck e foi direto para lá, deixando a família seguir em ritmo mais respeitável.

“Algumas coisas nunca mudam. Certa vez, sua mãe pediu tudo o que um food truck em Londres oferecia porque disse que estava com fome. O proprietário a desafiou dizendo que se ela terminasse tudo não teria que pagar”, explicou Luiza enquanto os meninos vinham cercá-la.

“Ela ganhou?”, perguntou Leo, ainda surpreso e um pouco enojado com a quantidade de junk food e alimentos não saudáveis ​​que sua mãe americana conseguia comer.

“Claro que sim!” Luiza e Liam responderam em uníssono, trocando um olhar conhecedor e presunçoso após o momento compartilhado.

“Ele nem ficou doente depois”, acrescentou Igor, balançando levemente a cabeça. Ele era mais razoável quando se tratava de comida, já que era ele quem preparava os pratos da casa.

"Eu tinha tanta certeza que, com o tempo, esse seu metabolismo iria desaparecer... É um pouco injusto", Luiza suspirou e Igor assentiu, tendo pensado a mesma coisa mais de uma vez nos últimos vinte e cinco anos ou mais.

“Olá, crianças, olhem, trouxe uma coisa para vocês”, disse Valentina alegremente, entregando a cada um de seus filhos um enorme algodão doce rosa. Ela, por sua vez, estava devorando um cachorro-quente que ainda fervia, a julgar pelo jato que saía dele.

THE PARENT TRAP - VALU ADAPTAÇÃO.Donde viven las historias. Descúbrelo ahora