CAPÍTULO 15.

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PRÓXIMO DIA - SEXTA-FEIRA

SÃO FRANCISCO - Por volta das 20h

—Para onde você está nos levando? —Perguntou Luiza, lançando ao filho seu olhar característico.

Leo sorriu docemente, mas não respondeu. Foi a terceira vez que ela exigiu saber, embora ele já tivesse contado que era segredo, então, em vez disso, ela pegou o telefone e mandou uma mensagem para o irmão pedindo que ele se apressasse.

A resposta veio quase imediatamente.

Liam: Mamãe está demorando tanto que tenho certeza que ela está arrastando isso de propósito. Estou fazendo o meu melhor para manter a mãe ocupada.

Leo gemeu e depois suspirou. Ele não ficou muito tempo com Valentina, mas aprendeu que ela podia ser muito teimosa quando queria. Claramente, emboscá-la a irritou e ela estava se certificando de que todos soubessem o quanto ela não gostava dele.

—Acho que Valentina está demorando uma eternidade para ficar pronta, certo? —A voz de Luiza interveio e ele percebeu que ela estava quase sorrindo. Leo gemeu novamente e simplesmente assentiu, não querendo ouvir um sermão de sua mãe sobre como era errado prender todo mundo assim.

—Ele faz isso quando quer deixar algo claro. —Desta vez a voz estava um pouco mais suave e Leo ergueu os olhos para estudar as feições da mãe. Havia nostalgia brilhando nos olhos castanhos de Luiza e seus lábios se curvavam para cima na mais tênue sombra de um sorriso, um sorriso suave.

“Você não parece muito surpreso, na verdade”, diz ele, convidando-a sutilmente a lhe contar o que parecem ser lembranças da época em que viveu com Valentina.

—Não é novidade, ela me deixava louco com esse hábito. Cheguei atrasado a muitos eventos por causa dessa atitude. Leo se perguntou por um segundo se era uma lembrança boa ou ruim, mas do jeito que sua mãe contou, parecia mais a última opção.

—Normalmente podíamos conversar sobre qualquer coisa, mas quando era impossível chegar a um acordo e ela tinha que ir embora... Ela agia assim. Um pouco imaturo, talvez, mas... —Luiza permaneceu em silêncio. A expressão em seus olhos era sombria, assombrada, e desta vez não era positiva. Leo não insistiu.

Ele checou seu telefone e notou uma nova mensagem de texto. Era de seu irmão, que anunciou que finalmente iriam para o saguão. Finalmente, ele pensou com um suspiro de alívio.

Ele estava prestes a contar à mãe quando a porta do elevador se abriu.

Valentina e Liam saíram, rindo abertamente juntos.

Leo desejou que o tempo parasse por um segundo para que ele pudesse admirar a visão de suas duas mães se olhando e tentar entender todas as emoções que flutuavam entre elas.

Luiza usava um vestido preto belíssimo que a abraçava nos lugares certos. Chegava logo acima dos joelhos e tinha mangas três quartos que terminavam um pouco além dos cotovelos. Era simples, mas incrivelmente elegante, combinado com sofisticados saltos pretos e um colar de ouro que só ela poderia usar sem ser muito chamativo.

Valentina estava envolta em um vestido azul bem profundo, corte A, gola redonda, sem mangas e um cinto de fita branca na cintura que terminava em um lindo e fofo laço no lado esquerdo. O tecido parecia seda e brilhava um pouco à luz do corredor. Ela estava sentada sobre um par de saltos pretos razoáveis ​​que combinavam com sua bolsa e usava uma jaqueta jeans branca no antebraço esquerdo.

Ela não estava usando os óculos que costumava usar no trabalho.

"Você... se preparou bem", disse Luiza interrompendo o momento. Leo quase gemeu, mas Valentina simplesmente sorriu e inclinou a cabeça para o lado, avaliando abertamente a outra mulher da cabeça aos pés.

THE PARENT TRAP - VALU ADAPTAÇÃO.Donde viven las historias. Descúbrelo ahora