FANFICTION +18!
Sinopse:
Ellie aprendeu, do jeito mais difícil, que realmente não havia como voltar outra vez para a comunidade que um dia chamara de casa. Sozinha e sem nenhum lugar para ir, ela decide procurar os Vagalumes, que estão na Califórnia...
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Ao olhar para o mapa, a mais baixa podia enxergar que parte dele estava circulado. Ficava perto do centro do continente da América do Sul, próximo a uma cidade chamada Tabatinga, no Brasil. — Legal — disse Ellie como se não considerasse aquilo de extrema relevância, dobrando o mapa de volta e jogando-o sobre a mesa. — E por que deveria me importar com isso?
— Porque o Cordyceps não se manteve constante ao longo dos anos. Conforme o tempo passa ele muda, evolui. Sempre que vemos uma nova cepa da infecção, ela se afasta cada vez mais de sua forma original. — Esclareceu a chefe. — Isso é um problema porque, mesmo que desenvolvamos uma vacina de uma cepa, é possível que uma cepa diferente ainda possa causar mais infecções. O que precisamos é da primeira... A cepa original. Se tivéssemos isso, poderíamos desenvolver uma vacina contra toda a espécie.
Confusa, a filha adotiva de Joel questionou: — Me usando também?
— Não, não — disse a líder Vagalume rapidamente. — Se tivéssemos a cepa original, não precisaríamos de você para a vacina. Veja bem, a coisa notável sobre sua imunidade é que é – por falta de uma palavra melhor – física. De alguma forma, depois que você foi mordida, seu corpo descobriu uma maneira de transformar o fungo em um crescimento que essencialmente conecta o caminho do fungo ao seu cérebro. Suspeitamos que a intenção do Doutor Anderson com a operação era remover o aglomerado na base de seu tronco cerebral e descobrir o que o desencadeou. Não sabemos se foi um hormônio, uma enzima ou mesmo uma intervenção divina. Tudo o que sabemos é que funciona. — Ela fez uma rápida pausa para observar a expressão da jovem. — Mas também sabemos — continuou Melanie, — que somos capazes de criar uma vacina que ajuda o sistema autoimune do corpo humano a combater a infecção, no entanto ainda não é suficiente. Eventualmente, o fungo vence a batalha no final. Mas se tivéssemos os esporos originais, poderíamos dar ao nosso sistema imunológico a arma exata de que ele precisa para combater o fungo e vencer, repetidamente, com cada cepa diferente.
A mais baixa levou um momento para processar tais informações, revirando-as em sua mente. — E você tem médicos... ou cientistas ou farmacêuticos ou o que quer que seja, que poderia fazer isso?
— Sim, vários. Temos contato com diversas pessoas. Já há imunologistas na América do Sul fazendo pesquisas e experimentações preliminares. Mas não há muito que eles possam fazer sem as amostras de que precisam.
— Então vá buscar as amostras.
— Obviamente faríamos se pudéssemos, Ellie. Mas lembre-se, foi aqui que o surto começou — comentou Melanie, ao tocar no local no mapa. — Isso significa que os esporos existem há mais tempo do que em qualquer outro lugar do mundo. Os infectados que vagam por lá... desafiam qualquer descrição. O ar é como nadar em esporos. Máscaras de gás comuns são inúteis – temos menos de uma dúzia de conjuntos de equipamentos de nível militar capazes de proteger os humanos que entram nessa zona. E, a certa altura, as máscaras falham. Os esporos são tão espessos que entopem os filtros e a pessoa que usa a máscara sufoca.
