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Abby saiu de sua cabine e subiu no convés para desejar bom dia ao oceano. Tratava-se de algo que o pai dela costumava fazer também. Ele acordava, tomava seu café da manhã no convés e se sentava em uma espreguiçadeira de frente ao nascer do sol, com o objetivo de observar silenciosamente o surgimento de um novo dia em alto-mar. Quando criança, no entanto, ela considerava isso uma tolice. A loira ficaria impaciente com Jerry, querendo que ele fizesse o café da manhã ou pelo menos que prestasse algum tipo de atenção nela. Porém, depois de estar à deriva no mar nos últimos dias e até mesmo quando Lev e ela deixaram Seattle para ir até Santa Bárbara, a mais alta passou a respeitar e a apreciar profundamente o vasto oceano ao seu redor. Sabia que não se limitava a um mero corpo de água; tratava-se de um sistema de vida misterioso e perigoso, entretanto, continha um tesouro de beleza e maravilha para os que respeitavam seu poder.

Normalmente, por volta dessa hora da manhã, havia apenas duas outras pessoas acordadas: quem havia sido escalado para estar no leme, além da garota de olhos verdes. Assim como a mulher mais forte, Ellie era madrugadora. Essa manhã não foi exceção a esse padrão. No leme em uma extremidade do barco se encontrava Delaney, e sentada perto da proa em uma espreguiçadeira estava a jovem.

Abby se aproximou e se sentou na cadeira ao lado dela. — Bom dia — ela iniciou, ao limpar o sono de seus olhos.

— Ei, bom dia — respondeu a mais baixa. — Linda manhã, hein?

— Claro que é... Tivemos muita sorte com o clima até agora. Estar em um veleiro durante uma tempestade é uma merda. Talvez tenhamos sorte e não vejamos nenhuma.

— Agora que você disse é que definitivamente iremos ver uma. Você nos amaldiçoou.

A mais alta revirou os olhos de maneira vagarosa. — Por favor, não me diga que você está nessa de superstição e besteiras do tipo.

— Não, claro que não, mas isso não significa que não vou culpá-la se algo acontecer.

— Eu aceito isso ao natural — retrucou Anderson facilmente.

— Você já presenciou uma tempestade em um barco?

— Sim, quando era criança. Acho que eu tinha uns oito ou nove anos. Uma grande tempestade veio e tava nos jogando por toda parte. Perdi o equilíbrio na cabine e bati minha cabeça contra uma mesa. De acordo com meu pai, fiquei fora do ar por três minutos.

— Isso deve ter sido assustador.

— Eu estava inconsciente, então não me lembro.

— Eu quis dizer pro seu pai — comentou Ellie. Ela olhou para a loira, mordendo o lábio como se pensasse em proferir alguma coisa. — Posso te fazer uma pergunta pessoal?

Fight The Fungus - The Last Of Us - Parte IOnde histórias criam vida. Descubra agora