9: Esporo Zero (2146k)

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A manhã encontrou Ellie sentada de pernas cruzadas em cima da cama que lhe foi destinada, o diário aberto na frente dela. Descansando no vinco do caderno estava sua nova placa de identificação. Com muito cuidado e atenção meticulosa aos mínimos detalhes do objeto, ela desenhou os dois lados da placa – seu nome, seu número e a insígnia dos Vagalumes.

Ela teve problemas para adormecer a noite passada, porque não tinha acreditado que havia chegado até ali. Permaneceu horas deitada de costas na cama, uma mão atrás da cabeça e a outra levantada no ar com a placa de identificação segura firmemente em sua mão. Ela examinou cuidadosamente a forma como a luz da lua a atingiu enquanto girava em um círculo lento – era muito menos reflexivo do que o canivete que observava da mesma maneira, apenas algumas noites atrás.

Assim que terminou seu desenho houve uma batida na porta, então ela colocou a corrente em volta do pescoço e foi atender. Tratava-se da garota que fez parte do grupo que a resgatou após o terremoto. Essa foi a primeira vez que Ellie realmente deu uma boa olhada nela, e percebeu agora que era bem jovem, provavelmente não tinha mais do que dezesseis anos.

— Bom dia — ela disse agradavelmente.

— Bom dia — a filha adotiva de Joel respondeu.

— Você tá se sentindo melhor? Suas feridas eram muito ruins. — Comentou com simpatia.

— Ah, sim — disse a jovem, como se tivesse se esquecido de que havia se machucado. — Não foi grande coisa. Estou bem agora.

— Bom, fico feliz em ouvir isso. Nossa chefe me mandou vir buscá-la e levá-la ao escritório. Você precisa de um minuto pra se preparar?

— Não, posso ir agora. Deixe-me apenas colocar minhas botas.

Uma vez que começaram a descer o corredor juntas, a garota ofereceu a mão à mais baixa. — Eu sou Delaney, a propósito.

Ela pegou a mão dela e a apertou. — Ellie.

— E os dois caras idiotas do meu esquadrão são Alexander e Christian, acho que você se lembra deles.

— Christian era o mal-humorado, certo? — Indagou ela. — Aquele que ficou olhando para mim como se eu fosse começar a fazer sons como um Clicker a qualquer momento?

Delaney riu com gosto. — Sim, de fato. Esse é o Christian. Ele pode ser um idiota, mas eu juro que é um cara legal.

— Vou acreditar na sua palavra.

Na verdade, a jovem esperava não ter muitas oportunidades de conhecer os membros do esquadrão de Abby porque diminuiria a possibilidade de ter que trocar palavras ou de interagir com a loira. O fato de Delaney ter sido a única a vir buscá-la poderia ser um mau sinal, no entanto. Ela esperava que o fato de a mais alta ter sido a primeira a encontrá-la em Los Angeles não as levaria a trabalharem juntas por padrão, entretanto, para sua insatisfação, parecia que era exatamente isso que ia acontecer.

Fight The Fungus - The Last Of Us - Parte IOnde histórias criam vida. Descubra agora