31: Intimidade Compartilhada (1884K)

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Lá ela encontrou a jovem parada diante da grande janela no topo a olhar para a nuvem de esporos do lado de fora. Não havia mais ninguém lá em cima, o único som ouvido por ambas era o crepitar leve do rádio da estação não tripulada, que ocupava um lado do pequeno espaço.

A loira se aproximou de Ellie e passou os braços ao redor dela por trás, sorrindo quando a mais baixa se recostou nela. — Sem vergonha, você fugiu — ela comentou, apoiando o queixo no ombro da garota. — Eu não tinha certeza se você me mandaria me foder caso eu fizesse muitas perguntas...

— Fizemos exatamente a mesma coisa há duas noites quando conversamos, exceto horizontalmente — apontou a jovem. — Considero essa fronteira ultrapassada. Além disso, isso parece bom demais para dizer não a você agora.

— Hum — Anderson cantarolou em concordância. Elas permaneceram dessa forma, em completo silêncio, observavam os esporos caírem como neve lá fora. — Quer que eu pergunte como você tá se sentindo sobre a missão?

— Não sei — respondeu Ellie, laconicamente.

— Certo.

De maneira quase imperceptível, a garota indagou: — O que você vai fazer se tiver que me deixar para trás?

A mulher mais forte, por sua vez, não proferiu absolutamente nada em resposta. Considerava a questão bastante delicada para dissertar a respeito, mas sabia que inevitavelmente teria de fazê-lo vez ou outra.

— Abby. O que você faria?

De maneira hesitante, a soldado admitiu: — Eu não sei.

— Meu Deus, Abby. Eu matei seus amigos, lembra-se? Essa seria a ocasião perfeita pra você buscar justiça ou vingança ou seja lá o que for... — Ellie se afastou dela e se virou para encará-la, ao cruzar os braços sobre o peito defensivamente. — E você sabe que uma vez que essa missão acaba, não há nada. Nós nunca poderemos ter nada real — ela disse com firmeza.

— Sim, sei de tudo isso, porra... — retrucou a mulher mais forte com raiva.

— E então?

— Então não importa, Ellie! Você acha que eu escolhi isso? Acha que eu só te amo porque espero receber algo em troca? Não é assim que funciona! — A mais alta passou a mão pelo rosto, se acalmando para poder continuar em um tom de voz mais razoável. — Olha, eu gostaria de poder dizer que você pode contar comigo pra fazer o que precisa ser feito. Mas não sei, ok? Não sei como vou agir quando chegar o momento exato.

— Então talvez... Talvez você não devesse vir.

— Nem pense em me falar uma coisa dessas. Estou indo de qualquer maneira, haja o que houver.

A garota de olhos verdes sorriu. — Sabia que o plano deles de me deixar pra morrer não ia dar certo.

— Ah, então você tem um cérebro funcionando — disse Anderson, fingindo surpresa.

Fight The Fungus - The Last Of Us - Parte IOnde histórias criam vida. Descubra agora