FANFICTION +18!
Sinopse:
Ellie aprendeu, do jeito mais difícil, que realmente não havia como voltar outra vez para a comunidade que um dia chamara de casa. Sozinha e sem nenhum lugar para ir, ela decide procurar os Vagalumes, que estão na Califórnia...
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Ao balançar a cabeça para afastar tais reflexões, a filha adotiva de Joel pegou sua mochila de onde a deixou cair no início do treinamento, pegou seu diário, uma caneta e virou para a última página em que estivera a escrever, a fim de anotar algo que julgou relevante.
'"Eu só vou lidar com isso"? Que porra essa merda significa? Que diabos Abby quis dizer com isso?'
Ainda a revirar o acontecimento em sua mente, a mulher mais baixa regressou para o quartel a fim de tomar banho e de vestir roupas limpas para o tão esperado jantar. Ela estava com os Vagalumes há uma semana e tinha que admitir que era ótimo estar de volta à civilização. Levou vários meses para chegar até aqui, e nesse tempo raramente dormia no mesmo lugar duas vezes. Porém, era como estar de volta a Jackson: uma cama quentinha, pronta, alimentos acessíveis e água corrente para o banho. Todos os integrantes do grupo eram responsáveis por suas próprias roupas, mas recebiam mais delas quando solicitavam, o que considerou agradável.
Ellie não tinha percebido quanta tensão o medo e o perigo constantes ao viajar colocavam sobre ela. Agora que estava cercada de várias pessoas e dos confortos básicos da vida cotidiana, era mais fácil se sentir otimista e feliz com sua situação atual do que quando estivera sozinha. Além disso, havia o fato de que ela recebeu outra oportunidade de fazer sua imunidade significar alguma coisa válida. Isso era algo que achava que tinha perdido para sempre.
Entretanto, saber que poderia fazer a diferença, que poderia ajudar a acabar com o sofrimento de tantos... Sim, se tratava de uma sensação boa. Então, apesar de tudo e de todos... ela se sentia muito satisfeita com a forma como as coisas iam e onde se encontrava. Ela só desejava não ter complicado tudo de maneira tão péssima ao longo do caminho até aqui, a ponto de que fosse algo irreversível.
Depois de fazer sua higiene pessoal, ela foi jantar no refeitório. A fila no balcão de comida era longa, porém a mais baixa estava animada ao enxergar que a pessoa de pé no final dela era Lev. E, desse modo, apressou-se para que pudesse estar ao lado dele.
— Ei, parceiro — iniciou alegremente. — Você saiu tão rápido depois do treino que sequer tive a chance de conseguir meu soco da vitória! — Ela levantou a mão para ele dar um tapinha.
No entanto, o menino sequer deu o famoso tapinha. Na verdade, ele ainda não havia reconhecido sua presença. Estava muito rígido enquanto olhava para o chão, e as pontas das orelhas dele estavam rosa brilhante.
— Ei — Ellie voltou a falar, preocupada. — O que há de errado com você?
Ele balançou a cabeça rapidamente e murmurou: — Nada.
