Até que a última luz se apague II

"O fim do vazio"

P.O.V Bangis 

Eu.. sinto minha visão voltar..

Todo aquele sentimento de vazio e escuridão, finalmente aos poucos estavam se dissipando da minha existência, eu estava escutando várias coisas, tais como gritos, sussurros, planos mirabolantes, e o pior de tudo.

Eles querem matar Tejat.

Não posso deixar isso acontecer, e tenho certeza que meus amores também não, é nossa filha.. nossa história, porque diabos eles gostariam de culpar algo que nem sequer foi a responsável pela a minha quase morte?

Isso não faz sentido! Eu preciso acordar urgentemente!

Tento forçar meu corpo a se mover e acordar desse transe quase infinito, eu queria poder fazer alguma coisa ao invés de ficar apenas deitado em um sono eterno e escutando planos nos quais eu poderia estar indo contra, mas tudo parece impossível por causa daquele Éter negro, aquela fumaça extremamente venenosa que poderia matar qualquer um que inalasse ela..

Eu estou preocupado com Tejat, Eudora foi um protótipo criado para o mal, porém sem a minha existência e controle sobre ela, eu não poderia controlar o universo em si, e eu precisava disso, precisava controlar o bem e o mal para que tivesse o equilíbrio do universo.

Consigo mexer meus dedos vagamente, e uso um tipo de magia que faz meu corpo se recuperar, ao sentir minhas energias expulsando aquela fumaça ruim do meu corpo, consigo me mexer melhor. Me levanto do chão e me sinto anestesiado, como se tivesse acordado de um sono de 100 anos, me espreguiço e bocejo, tirando toda aquela "Preguiça" do meu corpo, abro meus olhos, percebendo que eu estava no vasto universo, porém com algumas estrelas curandeiras observando meu corpo e depositando energia estelar em mim.

Bangis: Eu preciso falar a verdade para meus maridos... —Me descubro com aquela nebulosa que cobria meu corpo, e ponho meus pés ao chão, olhando para os lados para encontrar algo ou alguém—

Em questão de segundos, meus olhos começaram a brilhar e eu crio uma fenda no meio do universo, meio enfraquecido, mas ao passar por ela, sinto meu corpo se recuperar um pouco mais após perceber que eu estava na sala de comando. Olhei ao redor para procurar meus dois queridos, mas nada eu encontro, nem mesmo vestígios de guardiões. 

Bangis: Essa não... —Olho para uma fenda que estava no meio do universo, no qual não era a minha, que estava começando a rachar como da última vez— droga..

O fim do vazio estava próximo...

P.O.V Eudora

....

...

É sério??

É ASSIM QUE VAI SER?

Olho para aquela porta imensa, confins de Tártaro, exatamente onde aquele ser estava.

Já que estamos no final do nosso plano, porque não me libertar?

O que esse cara queria, afinal?

Me persuadir? 

Há! Ele não tem a mínima de chance.

Abro aquele portão devagar, me cobrindo com um véu de proteção, entro naquele lugar que era fogo puro e ardente, lavas escorrendo por todos os lados, almas gritando e agonizando de dor. Tártaro era o verdadeiro local dos pesadelos..

Assim que andei por um tempo, não demorou nadinha até eu perceber que eu estava de frente para aquele ser repugnante chamado Tifão. Ele me encarou da cabeça aos pés, com a cara séria e falsa.