Ten- Hold my hand

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Enquanto o tempo passava, sentia uma estranha serenidade nos envolvendo, como se as estrelas acima fossem testemunhas silenciosas de algo mais profundo que se desenrolava entre nós

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Enquanto o tempo passava, sentia uma estranha serenidade nos envolvendo, como se as estrelas acima fossem testemunhas silenciosas de algo mais profundo que se desenrolava entre nós. O vento suave acariciava nossos rostos, e por um breve momento, imaginei como seria estar assim para sempre, sem pressa, apenas compartilhando a quietude do mundo.

Shoto finalmente soltou minha mão, mas não se afastou. O gesto não foi de rejeição, mas sim de uma nova intimidade, como se ele quisesse que eu soubesse que estava tudo bem, que ele confiava em mim o suficiente para não precisar se agarrar a algo físico. Era uma demonstração silenciosa de que eu já estava ali, dentro do seu coração.

— Miyuki — ele começou, com a voz baixa, quase hesitante. — Eu sei que não sou a pessoa mais fácil de se conviver. Tenho meus próprios demônios e... estou tentando lidar com eles. Mas você... você faz isso parecer um pouco mais fácil.

Meu coração apertou ao ouvir suas palavras. Havia uma honestidade crua nelas, um reconhecimento de suas próprias fraquezas que me tocou profundamente. Ele estava tentando, e isso era tudo o que importava.

— Eu não estou aqui para julgar você, Shoto — respondi, com suavidade. — Eu só quero estar ao seu lado, te ajudar a carregar o que precisar, da maneira que puder. Ninguém precisa enfrentar as coisas sozinho.

Ele olhou para mim, seus olhos carregando uma intensidade que fez meu corpo inteiro se aquecer. Era como se ele estivesse tentando decifrar o que via em mim, entender por que eu estava ali, oferecendo apoio sem pedir nada em troca.

— Você é... diferente, Miyuki — disse ele, finalmente. — E eu não quero perder isso.

Meu coração deu um salto. As palavras simples, mas sinceras, carregavam um peso que eu não estava preparada para sentir. Era como se, naquele momento, ele estivesse me abrindo uma porta para algo mais, algo que ambos ainda estávamos descobrindo.

— Você não vai — prometi, sem hesitar. — Não vou a lugar nenhum.

Shoto assentiu, como se estivesse aceitando minha promessa, e um leve sorriso apareceu em seus lábios. Não era o sorriso grande e aberto que eu costumava ver nos outros, mas algo mais sutil, mais verdadeiro. Era o tipo de sorriso que eu sabia que ele só reservava para aqueles que ele realmente confiava.

O silêncio voltou a se instalar entre nós, mas dessa vez não havia mais tensão. Era um silêncio confortável, preenchido por tudo o que não precisava ser dito. Apenas a presença um do outro parecia suficiente.

Finalmente, Shoto deu um passo para trás, seu olhar voltado novamente para o céu.

— Acho que é hora de voltar — disse ele, sua voz carregada de uma tranquilidade que eu não costumava ouvir. — Mas... podemos voltar aqui outra vez, se você quiser.

Sorri, meu coração aquecido pelo convite implícito em suas palavras.

— Eu adoraria — respondi, e dessa vez, fui eu quem estendeu a mão para ele.

I can't breath (Shoto Todoroki)Onde histórias criam vida. Descubra agora