O Escritório.

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Eu e Lucas nos vestimos e saímos do quarto, Lucas estava com um sorriso de orelha a orelha, estava animado demais.

- Lucas, tenta ser discreto. – Falei baixinho a caminho da escada.

- E não estou sendo? – Falou com o mesmo sorriso.

- Nem um pouco, esse sorriso largo ai vai deixar rastros.

- Verdade, vou tenta disfarçar mais.

Enquanto descemos a escada perguntei a Lucas sobre o pai.

- Não sei, se ele não estiver no escritório dele, deve esta na empresa. – Falou como se não se importasse.

- Hum.

- Por quê?

- Quando cheguei eu não o vi, achei estranho.

- Por mim ele que suma de vez.

Estávamos indo para sala de estar quando encontramos Nilce.

- BOM DIA NILCE. – Falou Lucas

- Bom dia senhor Lucas, vejo que acordou animado.

Virei os olhos. Eu mandei ele disfarçar.

- Só um pouco, o que temos para o café?

- O que o senhor mais gosta, panquecas com bacon e queijo, também preparei uma torta de chocolate.

- Eu te amo Nilce, vamos Luk comer.

- Nilce, senhor Miguel está em casa? – Perguntei como se não quisesse nada.

- Não senhor Rafael, senhor Miguel saiu muito cedo.

- Nilce pode me chamar de Rafael ou de Luk, por favor tire o "senhor" antes, me faz me sentir velho. 

- Esta certo senho... digo, Rafael - Falou com um leve sorriso e assim, Nilce foi embora.

- Por que está tão preocupado com meu pai? – Lucas me perguntou curioso.

- Porque ele precisa me ver para saber que eu vim. – Menti.

- Hum, vamos logo comer.

- Vai na frente, preciso ligar para minha mãe, quando sai de casa ela não estava se sentindo bem.

- Está certo, não demora.

- Ei, DISFARÇA. – Falei baixinho mas num tom grosso.

- Tá chefe. – Saiu rindo.

Preciso ensinar esse menino algumas coisas.

Eu não fui ligar para minha mãe coisa nenhuma, precisava de mais respostas mas não ia conseguir perguntando, então fui escondido no escritório de Miguel.

Abri a porta e olhei, era enorme e cheio de livros, não sei para que tanto espaço mas enfim, fui direto na mesa dele, mexi no computador mas estava com senha, em cima da mesa não tinha um documento e as gavetas estavam todas trancadas (droga, eu deveria saber que Miguel não deixaria as coisas fáceis assim). Olhei ao redor, vi entre os livros , procurei nos cantos e nada, estava tudo bem organizado e não podia mexer muito se não ele ia perceber.

- Pensa Rafael... Quando queremos esconder algo, colocamos ou no lugar mais obvio ou no lugar mais seguro. – Tinha um cofre no escritório. – Foi estupidez vim aqui. - Pensei.

Quando eu estava saindo vi algo, a caixa. A caixa preta que ele estava segurando no primeiro dia que o vi. Ela estava no meio de alguns livros do outro lado da sala com um tipo de troféu em cima. Se você olhar de longe parece um peso de papel normal segurando os livros, estava meio camuflada.

Peguei a caixa e abri, dentro tinha uma chave com o numero 2667, uma foto antiga de dois garotos em um lago e um dado velho. Peguei meu celular e tirei umas fotos dos objetos, coloquei as coisas de volta e deixei do mesmo jeito que estava, dei uma olhada ao redor para ver se eu não tinha mexido mais em nada e sai rápido, quando me viro vejo Jennifer me encarando. 

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