O carro foi o mais rápido possível, eu tremia só de pensar em Lucas, ele não podia fazer isso, não comigo, me veio todas as lembranças, tudo que ele me falou, tudo que ele fez por mim, seu sorriso, seus olhos, seu cabelo, sua pele, sua boca, ele não podia fazer aquilo comigo, ele não podia me deixar.
Eu não esperei nem o carro parar, abri a porta carro e sai correndo em direção a porta da casa, corri para as escadas e fui para seu quarto, ele estava deitado, corri para seu lado.
- LUCAS, NÃO. LUCAS, POR FAVOR. – Eu chorava.
Até que...
- Buuum. – Abriu os olhos e começou a rir.
- O que? Você ta bem? – Eu o abracei forte – Como? Eu? AHHHHHHHHHHHHHHH ERA MENTIRA. – Comecei a dar socos nele. – VOCÊ NÃO TEM O DIREITO DE FAZER ISSO, VOCÊ SABE COMO EU TO? SEU IDIOTA.
- Eu esperei você me beijar para me acordar como aquele desenho animado mas não ia aguentar, tive que fazer isso. – Ria sem parar.
- VOCÊ QUASE ME MATOU IDIOTA, ESTUPIDO, NOJENTO, AHHHHHHHHHHHHHHH, NÃO FAÇA...
Então ele me beijou, me beijou com seus lábios doces e macios. Era tão bom sentir ele de novo perto de mim.
- Por favor, não faça mais isso. – Falei baixinho perto dele.
- Por quê? – Ele sussurrava, sua respiração estava ofegante. – Por que não posso fazer isso Luk?
- Porque... eu não posso viver sem você, porque eu te amo.
- Era isso que eu queria ouvir. – Falou com um leve sorriso.
Meu rosto ainda estava molhado quando percebi que a porta estava aberta, Jennifer e Miguel estava lá nos olhando, eu dei um pulo.
- Ei, ei, não precisa se assustar. – Falou Miguel – Queria dar o troco pelos socos que você me deu. – Jennifer ria sem parar.
- Vocês sabiam? Jennifer você...
- Nem olhe para mim, a ideia foi de Miguel, eu só fui a isca. – Falou rindo.
Agora eu estava envergonhado, todos riam de mim.
- Desculpa, depois que papai disse que você não ia mais voltar, que você disse que eu não merecia você, eu ia saí correndo mas você sabe como ele é malévolo. – Riu olhando para ele.
- Luk, você abriu meus olhos e trouxe felicidade para minha família de novo, você agora faz parte da família querendo ou não, espero um dia você me perdoar por tudo que fiz.
- Você colocou sorrisos no meu filho. – Falou Jennifer – Você não pode ir embora, queremos você conosco.
Eu não sabia o que falar.
- Até porque é sempre bom ter um genro que sabe espiar, roubar e bater. – Falou olhando para mim com um tom de sarcasmo.
- Enfim, vamos deixar eles sós. – Disse Jennifer fechando a porta.
Olhei para Lucas, ele ainda estava sentado na cama rindo um pouco.
- Papai? Genro? Que historia é essa Lucas? – Falei inclinando a cabeça.
-Bem, depois da conversa que você teve com meu pai ele aceitou o que eu sou e me contou tudo, pediu desculpas e até chorou, bem ele é meu pai sabe, não conseguir me conter também ai foi uma choradeira só. Pedi a ele que deixasse você voltar e sabe o que ele disse?
- Eh, não.
- Disse: "Até eu quero aquele cretino de volta".
- O QUE?
- Eu também não acreditei quando ele falou....
- ELE ME CHAMOU DE CRETINO, EU VOU LÁ.
Ele me puxou para cama, me beijou e me agarrou com força.
- Eu não vou deixar você mesmo. – Falou encostado em minha cabeça.
- Lucas eu to com medo e se eu te machucar?
- Não vai, e sabe por que? Porque você me ama.
Olhei para seus olhos lindos e perdi totalmente a voz. Ele pegou o celular e colocou uma musica para tocar.
- Sabe que musica é essa?
- Sei, A Thousand Years de Christina Perri.
- Sabe o significado?
- Sei.
- "I have died every day waiting for you, darling don't be afraid. I have loved you for a thousand years, I'll love you for a thousand more".
A música tocava e ele cantava baixinho perto de mim. Passei a mão em seus cabelos, eu sabia perfeitamente agora, eu amava Lucas e nunca ia deixa-lo. Ele não só conseguiu me fazer amar de novo, ele conseguiu mais... Ele conseguiu acender minha esperança de novo.
- I have loved you for a thousand years, I'll love you for a thousand more. – Falei para meu amor. - Eu te amo.
- Eu também te amo Luk.
Bônus.
3 semanas depois...
- Você deveria ter me avisado que seu irmão ia chegar. – Falei me arrumando no quarto. – Como ele é? Eu nunca vi uma foto dele pela casa, só tem foto sua.
Ele riu.
- Eu não sabia, minha mãe queria fazer uma surpresa, você vai gostar. – Falou ainda rindo.
- Espero que ele goste de mim, ele é muito parecido com seu pai?
- Só por dentro.
- Então to ferrado.
- Relaxa, Kleber é uma ótima pessoa.
- Espero que ele não tenha o gênio de Miguel.
- Ei você já falou para sua família sobre a gente? Sobre mim?
- Lucas uma família de cada vez. – Falei rindo – "Não esta sendo fácil" – Cantei.
- Sei, você disse que ia contar.
- E vou, só to esperando o momento certo. – Falei mordendo a boca.
- Eu vou no quarto da minha mãe pegar um perfume.
- Vai logo, não quero ficar sozinho.
Ele saiu do quarto e fiquei me arrumando.
- Cheguei.
- Finalmente, pensei que ia morar lá. – Fui em sua direção e o beijei – Bora encontrar seu irmão?
- Ehhh...
- Ei Kleber você já chegou.
O QUE? Olhei para um, olhei para o outro.
- AI MEU DEUS.
- Oi, eu me chamo Kleber. – Falou rindo.
- LUCAS. – Olhei para Lucas.
- Luk esse é Kleber meu irmão gêmeo.
VOCÊ SÓ PODE TA DE BRINCADEIRA COMIGO.
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Onde você esta agora? (Romance Gay)
Romance[+18] "Meu coração é fogo e gelo, é preto e branco, ele constrói e destrói, ele voa e corre na velocidade que quer, ele me ensina e me enlouquece e por mais que minha cabeça tente controlar meu corpo, é meu coração que brinca de gato e rato comigo."...