Onde você esta agora? (Romance Gay)

Onde tudo começou.

Jennifer me pediu para acompanha-la até o jardim e foi lá que ela me contou como tudo começou.

- Nossa família nunca gostou de se expor para mídia, somos muito conservadores, aprendemos isso com Miguel. Miguel não era assim, ele sempre foi um pai amoroso e sempre estava presente na vida de Lucas e Kleber. Alguns meses atrás quando Kleber decidiu ir estudar na Europa Miguel ficou muito feliz, você tinha que ver como ele estava, fazia planos e mais planos com Kleber para quando ele voltar seguir a mesma carreira do pai. Lucas optou por ficar conosco, Lucas é muito tímido e quase não sai de casa, se Kleber gosta de esportes radicais Lucas gosta de filmes, eles são completamente diferentes mas até ai tudo bem, sempre tratávamos os dois igualmente mas Lucas sempre foi mas apegado comigo e Kleber com o pai. Depois da partida de Kleber, a casa ficou um pouco mais calma, uma noite estávamos jantando e conversando como seria que Kleber estava se saindo lá fora sozinho, no meio da conversa Miguel falou que talvez o filho já voltasse um homem feito e com namorada e tudo, Luca brincando e rindo disse: - "Ou um namorado". Miguel olhou para ele de uma forma estranha e disse que aquilo era babaquice que nenhum filho dele ia gostar de outro homem, Lucas então o confrontou dizendo que era completamente normal um homem gostar de outro, Miguel revidou e disse que nenhum Monteiro tem sangue gay nas veias. Lucas se retirou da mesa e subiu para o quarto, eu deveria ter notado na hora o que estava se passando mas não. Depois de alguns dias Lucas extremamente envergonhado pediu para conversar comigo sobre um assunto, ele me disse que achava que gostava de homens e não de mulheres, na hora eu fiquei sem palavras mas depois eu vi que aquele era meu filho e que independente do que ele gostava eu nunca ia deixar de ama-lo, ele me pediu para não contar para o pai porque sabia que ele não ia concordar. Quando Miguel chegou eu comecei a falar sobre o assunto e contei sobre a conversa com Lucas, Miguel teve um surto de raiva, eu nunca tinha visto ele daquela forma, durante anos de casados ele nunca agiu daquela jeito. Ele subiu a escada e entrou no quarto de Lucas, pegou pela gola da camisa e disse que ele não era gay, que aquilo tudo era coisa da cabeça dele, Lucas começou a chora na mesma hora, eu me coloquei na frente do meu filho e disse que não era daquele jeito que íamos resolver as coisas, Miguel gritou no quarto que tudo aquilo era porque ele nunca teve um relacionamento com uma mulher, enquanto ele gritava eu pedia para ele parar com aquilo, Lucas chorando desesperado pedia desculpa e Miguel continuava a gritar dizendo que ele não era gay, foi ai que ele disse: - Seu irmão, ele sim é um homem de verdade, homens de verdade gostam de mulheres e não de outros homens. Então ele saiu e bateu a porta. Eu fiquei com meu filho algumas horas tentando acalma-lo, dei um comprimido para ele dormir e fui para meu quarto, Miguel não estava. No dia seguinte, no café da manhã Miguel estava lá na mesa e eu me sentei e disse que o que ele fez na noite passada foi algo desprezível e cruel, que aquilo não era atitude de um pai, mas ele não me respondeu. Depois as coisas só pioraram, Lucas não comia e nem saia do quarto, um dia Miguel obrigou ele a se vestir e saiu com ele. Quando chegou, Lucas estava chorando e correu direto para quarto, fui atrás para saber o que tinha acontecido e para onde eles tinham ido, ele me disse que o pai tinha o levado ao psicólogo amigo dele e que falou coisas horríveis, disse que queria o filho curado, o próprio medico amigo dele disse que isso não era uma doença, que era completamente normal, Miguel não se conteve e começou a gritar com o medico, então o medico falou que não adiantava remédios, gritos ou agressão, se o filho dele era gay isso nunca ai mudar. Os dias se passaram e Lucas só piorava, eu percebi que ele estava entrando em depressão, então eu fui ao mesmo psicólogo pedir ajuda, ele deu o numero de um psiquiatra para me receitar uns comprimidos mas afirmou que o problema era o pai. Miguel começou a sair todas as noites, não sabia para onde ele ia, algumas vezes ele nem passava em casa ia direto do trabalho para algum lugar. O psicologo me ligou e disse que Miguel aparecia lá algumas vezes pedindo uma solução, mas sempre dava a mesma resposta, muitas vezes ele ia e ficava toda à tarde lá sentado. A coisa já estava fora de controle, minha família de uma hora para outra desmoronou, até eu comecei a tomar medicação. Um dia ele chegou e mandou Lucas descer, disse que queria falar com ele. Quando Lucas apareceu ele foi feito um lobo em cima do filho agressivamente, disse que nunca ninguém podia saber que ele gostava de homens, que ninguém de fora daquela casa podia saber, Lucas concordou sem falar nada, no final ele disse o que eu nunca esperava.

- Se é para gostar de homem vai ser do meu modo. VOU ARRANJAR UMA PESSOA PARA VOCÊ, ASSIM VOCÊ PODE FAZER SUAS NOJEIRAS AQUI SEM NINGUÉM VER. DEBAIXO DO MEU TETO VOCÊ VAI SER ISSO QUE QUER SER, MAS FORA DELE NÃO.