Onde você esta agora? (Romance Gay)

Meu patrão

Já se passaram 72 horas depois do meu encontro com Sr. Miguel e 48 horas depois da ligação, diante de tudo que aconteceu o que me deixa mais intrigado é que ele estava com tanta pressa para saber minha resposta naquela noite e depois me fez esperar todo esse tempo.

Na manhã seguinte contei a minha família sobre o emprego, eles ficaram tão felizes com a notícia que acreditaram em tudo que eu disse, não suspeitaram de nada. Pela noite eu recebi a tal ligação e nela ele já foi me dando "ordens", me mandou ficar em casa esperando pelos próximos dias e disse que seu motorista particular levaria o que me foi prometido (roupas novas e um celular novo), falou também que seu motorista ia me pegar em um lugar marcado na segunda-feira e que eu estivesse no local às 07:00 horas da manhã. Na Segunda-feira eu estava lá como prometido, esperando que nem um cãozinho domesticado.

O carro estacionou e eu entrei, durante o caminho o motorista não falou nada e eu também não perguntei nada, eu estava com tanto medo e ansioso que nem fiz questão de falar com ele. Depois de uns 25 minutos de viagem chegamos a casa do meu novo patrão.

Era uma mansão, eu nunca tinha visto uma casa tão grande como aquela pelo menos não de perto, tinha um lindo jardim com uma fonte enorme no meio, os muros da mansão era tão altos que parecia uma prisão. No lado esquerdo do jardim tinha um lindo gazebo branco rodeado de rosas vermelhas, a imagem era tão perfeita que me fez esquecer o proposito de eu estar ali por alguns instantes.

O motorista estacionou em frente à porta da mansão e logo que vi já estava ele abrindo a porta do carro para mim, fiquei meio sem reação com tal cortesia. Na porta da casa fui recebido por uma empregada.

- Sr. Rafael? – Disse.

- Hã.. sim, eu.

- Venha comigo, vou leva-lo ao Sr. Miguel. Eu me chamo Nilce, qualquer coisa que precisar é só me chamar. – Disse enquanto me guiava.

A casa era linda, tão simples mais tão perfeita que me relaxou um pouco, o ambiente era calmo e silencioso, não deu para reparar tanto já que Nilce andava muito rápido. Ela me levou até a sala de jantar e disse para eu me sentar que o seu patrão já estava vindo. (fiquei pensado se ela sabia o que eu era). A mesa era enorme e tinha de tudo, nunca tinha visto tanta comida em uma mesa só foi quando de repente ele apareceu.

- Bom dia Rafael, como você esta? – Disse calmamente e sorrindo. Ele estava vestindo um terno elegante, acho que ia trabalhar.

- Bom dia Sr. Miguel. – Falei respirando fundo e de cabeça baixa.

- Sente-se.

- Obrigado mas já comi.

- Isso não foi um pedido. – Falou tranquilamente.

Sentei e esperei, não sabia o que falar.

- Vejo que as roupas ficaram muito bem em você.

- Sim, obrigado. Vou lhe pagar quando tiver dinheiro. – Falei de cabeça erguida.

Ele deu uma leve risada e disse:

- Não ia fazer diferença já que seu dinheiro agora vem de mim também.

PORRA ERA VERDADE. QUE MANCADA EU DEI. Fiquei em silencio com a resposta.

- Só o senhor esta em casa? – perguntei tentando disfarça meu nervosismo.

- Não, minha esposa e meu filho estão aqui, logo vão descer e se juntar a nós.

- É ele? – Falei quase gaguejando.

- Sim, meu outro filho esta na Europa. – Disse seriamente.

Calei-me e esperei, minha cabeça doía um pouco, só de pensar que ia passar por isso diariamente minhas penas e mãos tremiam, então apareceu uma bela moça e se sentou a mesa.

- Bom dia. – Falou sem expressão.

- Rafael, essa é minha esposa Jennifer. Jennifer esse é Rafael.

- Bom dia senhora. – Falei e baixei a cabeça novamente.

Jennifer era linda, aparentava ter uns 30 anos, seu cabelo era comprido e loiro, seus olhos era azuis, sua boca era fina e lindamente desenhada, ela estava vestindo uma blusa social e uma saia de cor bege. Estava sem maquiagem mas seu rosto era perfeito, parecia que tinha sido moldado, não usava brincos ou pulseiras. Ela era perfeita.

Ficamos os três na mesa durante alguns minutos calados, até aparecer uma terceira pessoa.

- Rafael, esse é Lucas.

Levantei a cabeça e o vi. (Então é esse meu namorado).