“— Pelo bem do povo, Sua Graça precisa de uma nova esposa, embora nenhuma mulher possa substituir nossa amada Jaehaera no coração dele. No Dia da Donzela faremos um baile do tipo que Porto Real não vê desde a época do rei Viserys. Que as donzelas venham de todos os cantos dos Sete Reinos e se apresentem perante o rei, para Sua Graça escolher a mais adequada para compartilhar de sua vida e seu amor.”
Lorde Unwin Peake, Fogo e Sangue, pág 538.137 A.C — KING'S LANDING
𝐀𝐏𝐑𝐎𝐗𝐈𝐌𝐀𝐃𝐀𝐌𝐄𝐍𝐓𝐄 𝐀 𝐎𝐈𝐓𝐎 𝐌𝐄𝐓𝐑𝐎𝐒 de altura, Morghul, a poderosa e temida montaria da rainha Jaehaera Targaryen, sobrevoava Porto Real, atraindo para si olhares curiosos dos cidadãos da região. O couro escamoso da besta refletindo o brilho da luz.
Os plebeus miravam para testemunhar o voo do dragão, fascinados e apavorados ao mesmo tempo, observando cada movimento da fera alada. Morghul era um sobrevivente do massacre no fosso dos dragões, e sua presença carregava uma lembrança silenciosa e poderosa dos terrores que apenas o sangue Targaryen poderia controlar.
Morghul era jovem, mas exibia uma imponência digna dos dragões mais velhos e selvagens, afinal, tivera sido criado livre em Pedra do Dragão, na época de exílio de Jaehaera por seu comportamento inadequado.
Suas asas longas e poderosas abriram-se para aterrissar no fosso que anteriormente abrigava os dragões dos Targaryen, ainda em pó e ruínas. Os chifres de Morghul eram escuros com um toque levemente esverdeado, dando-lhe um ar ameaçador e aterrorizante, especialmente pela semelhança com uma besta nunca domada que vivia pelas redondezas de Pedra do Dragão.
Jaehaera o havia reinvidicado aos dezesseis anos, em uma tentativa de fuga da própria realidade pós guerra, resultante da ordem de Aegon para enviá-la ao exílio até que seus mau comportamento cessasse, e estivesse apta a viver em harmonia com outros seres humanos sem a necessidade de ser ríspida e agressiva.
Quando Morghul aterrissou, Jaehaera livrou-se da cela com o estandarte da Casa Targaryen, tocando superficialmente a escama como aço do dragão. Logo notou a agitação da criatura com a aproximação dos Guardiões de Dragão.
— Lykiri, trēsy. — disse Jaehaera à Morghul.
Há anos, tanto a jovem rainha quanto o seu dragão não pisavam em Fortaleza Vermelha, a estranheza era inevitável para ambos. Um breve contato visual entre a cavaleira e a sua montaria fora o suficiente para acalmá-lo. E pouco esforço foi preciso para que o dragão enfim fosse levado ao fosso pelos Guardiões.
Tratando-se de Morghul, Jaehaera o considerava mais que somente uma criatura que a servia. Ele era o seu aliado; o seu confidente — ainda que não pudesse respondê-la com voz, demonstrava a inquebrável lealdade protegendo-a quando uma ameaça era detectada.
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𝐃𝐀𝐑𝐊 𝐏𝐀𝐑𝐀𝐃𝐈𝐒𝐄
Fiksi Penggemar𝐏𝐀𝐑𝐀Í𝐒𝐎 𝐒𝐎𝐌𝐁𝐑𝐈𝐎 | 𝐀𝐄𝐆𝐎𝐍 𝐈𝐈𝐈 & 𝐉𝐀𝐄𝐇𝐀𝐄𝐑𝐀 𝐈 𝐓𝐀𝐑𝐆𝐀𝐑𝐘𝐄𝐍 𝐄𝐌 𝟏𝟑𝟏 𝐀.𝐂, chegou ao fim a guerra conhecida como "A Dança dos Dragões". O reino estava em pedaços, com danos dos quais jamais se recuperaria. Aegon II...