𝐏𝐀𝐑𝐀Í𝐒𝐎 𝐒𝐎𝐌𝐁𝐑𝐈𝐎 | 𝐀𝐄𝐆𝐎𝐍 𝐈𝐈𝐈 & 𝐉𝐀𝐄𝐇𝐀𝐄𝐑𝐀 𝐈 𝐓𝐀𝐑𝐆𝐀𝐑𝐘𝐄𝐍
𝐄𝐌 𝟏𝟑𝟏 𝐀.𝐂, chegou ao fim a guerra conhecida como "A Dança dos Dragões". O reino estava em pedaços, com danos dos quais jamais se recuperaria.
Aegon II...
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“Eu deveria te amar, mas vi a chuva torrencial J'étais censé t'aimer mais j'ai vu l'averse Eu pisquei, você não era o mesmo J'ai cligné des yeux, tu n'étais plus la même.” Est-ce Que Tu M'aimes?, Gims
137 A.C — KING'S LANDING
𝐉𝐀𝐄𝐇𝐀𝐄𝐑𝐀 𝐃𝐄𝐒𝐂𝐄𝐔 𝐃𝐄 𝐌𝐎𝐑𝐆𝐇𝐔𝐋 𝐒𝐄𝐌 𝐀 mínima dificuldade. Ela ainda usara o mesmo vestido de momentos atrás, sem dar trabalho para as suas criadas de tirá-lo e colocar trajes adequados de montaria. Os cabelos estavam rebeldes devido a rapidez com qual correu para alcançar Aegon antes que fosse tarde.
A névoa salgada do mar rondava Pedra do Dragão, e um véu sombrio o envolvia. Aegon caminhava com os passos apressados e pesados pelo extenso caminho que o levaria para o portão principal. Stormcloud, o dragão do rei, voava pelas redondezas do grande castelo como se pudesse sentir a agitação de seu cavaleiro.
Ele ainda sentia o calor do debate na sala do conselho momentos antes, e por mais que tentasse espairecer a mente, a memória de Jaehaera se opondo publicamente contra ele perpetuava. Aegon poderia imaginar as fofocas que surgiriam para proferir mentiras e aumentar o ocorrido, e não seria bem visto a oposição da esposa. Ele era o rei. Mas ela era a rainha, e a filha da amada Helaena Targaryen, a mulher que ganhara empatia do povo comum e dos nobres durante a guerra civil e os assassinatos ordenados pelo homem o qual Aegon admirava: seu próprio pai, Daemon Targaryen.
A porta pesada do salão rangeu, interrompendo seus pensamentos. Aegon sabia quem era antes mesmo de se virar para averiguar. O leve eco dos passos e o aroma sutil de rosas entregavam sua presença. Jaehaera estava ali.
— Você sempre corre para cá quando algo não sai como você deseja? — ela falou, a voz calma, mas carregada de desapontamento. Ele, no entanto, não respondeu. — Quem está agindo como uma criança agora, hein?
— E você sempre decide enfrentar o seu marido publicamente? — Aegon rebateu, com um olhar cortante.
— Não posso crer que está me culpando por me preocupar com o meu povo.
— Você reconhece bem a forma como todos me vêem, Jaehaera. O que dirão sobre mim ao saberem que a minha esposa me enfrenta sem medo das consequências porque ela sabe que sou um fraco?
As palavras de Aegon atingiram Jaehaera como lâminas afiadas, um golpe certeiro que ela não esperava receber, muito menos do homem que demonstrava resiliência perante às suas provocações.
— Não sou apenas sua esposa. Sou sua aliada, sua parceira, mas não sou uma sombra. Se você esperava que eu fosse, talvez tenha casado com a mulher errada.
Aegon fechou os punhos. Parte dele queria rebater, afirmar que a decisão de voar para Pedra do Dragão era justificada, mas as palavras dela o desarmavam. Era a frustração de um jovem rei que não sabia lidar com a força inesperada de sua rainha e não sabia como agradar o próprio povo.