Mariáh Cortês, uma garota sonhadora e um tanto quanto petulante vive uma vida parcialmente tranquila.
A garota tenta seguir a vida depois da morte da mãe e dos irmãos, conciliando trabalho com faculdade e lidando com traumas passados, a menina só q...
Vi Mariáh se espreguiçar no sofá. Eu tinha voltado pra minha mesa pra trabalhar. 3hrs se passaram desde oque aconteceu. A crise da Mariáh no caso. Ela acabou dormindo então a aconcheguei no sofá.
Ela sentou no sofá e pôs seus óculos. A garota massageou o rosto parecendo um bebê pelo fato de suas bochechas estarem vermelhas e seu rosto amassado. Tentei conter um sorriso em relação a imagem fofa em minha frente.
-hmm - A garota deu um leve gemido de sono. - Que horas são?
-12:30, querida. - Falei.
-eu não sou sua querida. - A ruiva disse com uma cara emburrada e cruzando os braços.
-parece um bebê assim. - Sorri.
-tô com fome. Que horas o almoço sai?
-nós vamos almoçar fora, meu bem. Eu, você e Lucy. - Avisei. Vi a garota corar.
-tudo bem. Elle só por dúvida, qual a sua flor favorita? - Estranhei a pergunta.
-margaridas. Por que? - Franzi o cenho.
-só queria saber. - A bebê deu de ombros
-e quais as suas? - Mordi a ponta da caneta.
-rosas, rosetas. Como preferir chamar. - Ela banalizou a conversa. Assenti com a cabeça. -eu vou tomar um banho, tchau margarida. - A ruiva alisou o rosto e me deu tchau.
-tchau roseta. - Dei tchau de volta antes de ser abandonada no escritório.
-menina tira esse sorriso do rosto. Sorriso de apaixonada. - Lucy disse entrando com uma caixa grande. A loira pôs a caixa na mesinha de centro. Voltei a minha postura normal.
-eu não tava sorrindo. - Neguei.
-tava sim. Um sorriso apaixonado. Eu tenho propriedade pra falar sobre o assunto. - Ela levantou o dedo e exibiu a aliança.
-para com isso tá. É um casamento por conveniência. - Me defendi.
-aham sei. As mafiosas dos livros que eu leio falam a mesma coisa.
-porém elas só existem em livros. Essa é a grande diferença. - Apontei um dedo pra ela.
-tá, tá. Vim falar outras coisas com você. Número um, tem que contar a verdade pra ela, Elle. - A garota pôs as mãos na cintura e eu revirei os olhos.
-ah, Lucy não comece. Eu vou falar com ela, mas não agora. Estamos nos conhecendo ainda. - Me defendi. Eu entendia o lado de Lucy mas parecia que ela não entendia o meu.
-elle seu relacionamento não é um relacionamento comum. Mesmo se fosse por amor, você teria que contar pra ela do mesmo jeito. - Revirei os olhos.
-eu vou falar loirinha, prometo. - Sorri. A garota arfou.
-enfim. Tem outra coisa que eu tenho que te mostrar. - Ela abriu a caixa tirando alguns cadernos de elásticos. Franzi o cenho.
-oque é isso? - A garota me deu um dos cadernos e ficou do meu lado em pé apoiada nas costas da cadeira.
-são tipo diários. São de uma garota chamada Ivy... - Arrepiei e senti meu corpo travar com aquele nome. - Hey, relaxa. - Ela acariciou meu braço. Comecei a abrir o diário pra ler, mas fui impedida por Lucy que retirou o caderno da minha mão pondo-o na gaveta da escrivaninha. -Depois você lê, agora vamos porque a Mariáh tá nos esperando lá embaixo. E a gente ainda tem que buscar a Ayla. - Sorri com a fala de Lucy.
Pus o celular no bolso e desci as escadas dando de cara com uma cena que me aqueceu o coração. Deixei escapar um leve sorriso. A cena era de Mariáh, que estava sentada no carpete com um boneco de pelúcia do Barney no meio das pernas dela enquanto assistia a Peppa Pig. Ela era realmente uma bebê. Uma rosa de vidro delicada demais para ser tocada por qualquer um e que podia ser quebrada a qualquer momento. Suas roupas eram um moletom de listras vermelhas e brancas junto com um macacão que tinha cerejas bordadas em algumas partes específicas, a bebê ainda usava uma bolsa bordô que tinha um laço no fecho. Vestida claramente como a pequena bebê que era.
-mari, vamos. - Lucy chamou a ruiva que assentiu com a cabeça desligando a tevê e ajeitando o boneco no sofá. A garota passou pela gente e foi pro carro. - Controla o seu sorriso, tá apaixonada demais. - A loira sussurrou no meu ouvido indo de encontro a Mariáh.
[...]
Estávamos a caminho da casa de Ayla e eu não conseguia parar apenas de olhar pra Mariáh. Ela tirava fotos do ambiente com o celular, poderiam ser elas da paisagem, de mim ela e Lucy, ou apenas do nada. A menina registrava os momentos com aquele celular como uma criança que acabara de receber a primeira câmera. Sua mão estava com o palmo pra cima e como que por impulso comecei a desenhar as linhas que ali se encontravam. Vi os pelos da garota arrepiarem.
-por que paramos? - Roseta perguntou quando o carro parou na casa da Ayla.
-nós vamos buscar a namorada da Lucy, também. Tudo bem com isso? - perguntei entrelaçando minha mão na sua sentindo a menina apertar a mesma com força mas não de um jeito ruim.
-oi amor. - Ayla beijou Lucy. - Eai Elle, e você é a...?
-mariáh. Você deve ser a Ayla. - A morena assentiu com a cabeça.
-garota, seu cabelo é a nona maravilha do mundo, porque eu sou a oitava. - Aly jogou o cabelo do ombro.
-obrigada, você é realmente uma das garotas mais bonitas que já vi. - A bebê falou voltando sua atenção pras fotos. Senti a notificação de algo na minha perna, Mariáh havia postado uma foto no Instagram.
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@mari.sophiecortês Com elas @eel.benson @lucklucy @eeu.aly . ❤️ 88.111.300 M de curtidas
@eeu.aly: a diva já tá aproveitando os luxos atuais
. @eel.benson: tava tão lindinha tirando as fotos que eu só me liguei agora que postou ksksksksks . @user: eita como tá in love . @user: né akakakak
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Instagram off
[...]
Chegamos no Shopping e eu vi que os olhos de Mariáh brilharam ao ver o parque que ficava na parte de fora do mesmo.
-era meu sonho ir no parque... Eu nunca fui... - A garota disse em tom de lamentação.
-ah... Bom, então ainda essa semana nós vamos no parque, ok? - Tirei uma mecha do seu cabelo que caia em seu rosto. A roseta assentiu com a cabeça sorrindo.
-posso ter um balão da Peppa?! - A menina abriu um grande sorriso ao ver o moço de balões.
-claro que pode, meu bem. - Sorri passando o braço pelo seu ombro e indo em direção ao cara. Mal eu sabia que aquele seria o melhor pior dia da minha vida...
