UM NOVO COMEÇO?

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O caminho de casa foi silencioso, nem eu nem Mariáh falamos nada.
Sinceramente eu não me importei.
Chegamos na nossa nova casa.

-Lucy? Onde você tá? - Chamei pela loira que logo apareceu.

-sim, senhora - Ela fez uma reverência.

-por favor sem o senhora. Temos quase a mesma idade. Senhorita Elle, ou só Elle - Dei de ombros.

Sempre me dei muito bem com Lucy, o pai dela era equinocultor dos cavalos da família, e a mãe jardineira.
Lucy perdeu a mãe no dia do nascimento e meu pai, como o "bom patrão" que é, "cuidou" de Lucy. A "criou" junto comigo, já que sou só 5 meses mais velha que ela.
Quando ela fez 16 anos o pai dela começou a ficar doente e meu pai disse pra ela trabalhar pra ele. Porque ele tinha "criado" ela.
Um escroto mesmo!
Ela aceitou, depois que assumi a máfia, quando meu pai ficou doente, a chamei pra morar comigo e não trabalhar mais. Só que ela simplesmente não quis, ela dizia que gostava de ser governanta da casa e assim eu fiz. Ela foi promovida a governanta, mas mesmo assim gosta de fazer tarefas domésticas. A pago muito bem, deu a ela uma casa e ela mora comigo além de outras coisas a mais que fiz por ela.
Lucy é minha melhor amiga. Disso eu tenho certeza.
Ela também sabe sobre a máfia e o caso da Mariáh.
-Lucy, essa é a Mariáh, minha futura esposa. Mariáh essa é Lucy, minha braço direito e sua "dama de companhia" - Fiz aspas com os dedos - Ela sabe do acordo. - sinalizei pra ruiva.

-oi Lucy, prazer - Mariáh acenou de longe.
Lucy devolveu o gesto.

-vem, vou te apresentar a casa - falei subindo as escadas sendo acompanhada pela ruiva.

[...]

-e esse é o seu quarto. - Abri a porta do quarto da Mariáh.
Ele era todo decorado e tinha folhas de hera grudadas pelo teto.

-uau... - A garota olhava deslumbrada pro novo aposento.
E sinceramente eu amava aquele olhar tão familiar. Não sei oque sentia quando olhava naqueles olhos mas com certeza sentia algo.
"Esse olhar me é tão familiar"
Eu não havia percebido mas estava admirando o olhar da ruiva. - Terra pra Elle? - Mariáh me tirou dos meus pensamentos.

-ah... Sim. Claro. - Eu sentia minhas bochechas queimarem. - O jantar sai às 18:00 e fica até às 20:00.
Bem vinda a casa Benson, Mariáh. - Dei um leve tapinha em suas costas e sai do quarto.
Eu estava ansiosa, ela havia invadido minha cabeça novamente.
Minhas mãos tremiam, meus olhos lacrimejavam e tudo parecia sem sentido outra vez.
Adentrei meu escritório trancando a porta no extremo desespero. Joguei algumas pílulas aleatórias na boca na esperança de que isso aliviasse minha ansiedade mas sem nenhum sucesso. Peguei uma garrafa de vodka virando-a na boca. Sentei na minha poltrona sentindo as lágrimas molharem minhas bochechas, uma pulta vontade de vomitar e perguntas sobre ela dominarem meu cérebro.
Oque estava acontecendo comigo?

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COLICA DOS INFERNOS

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