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"SNAPE!"

O Mestre de Poções estremeceu, seu fim havia chegado.

"Snape, seu filho da puta, onde você está?!"

Severus pensou se deveria ficar escondido, mas então decidiu contra isso, ele sabia que Lucius e Draco o trairiam e contariam ao seu Destino onde ele estava se escondendo. Então, com um suspiro, ele se levantou e caminhou em direção à porta, assim que a abriu, um punho acertou seu queixo.

Forte.

"Eu deveria cortar suas bolas e fazer você comê-las!"

Severus esfregou o maxilar latejante enquanto olhava para sua sogra irritada, engolindo interiormente o fogo de fúria em seus olhos.

"Como ousa encostar a mão no meu bebê! Seu-seu-seu porco!"

Outro golpe, dessa vez cortando seu lábio.

"Eu confiei em você!"

Desta vez, ele recebeu um tapa no rosto e não se sentiu melhor.

"Não acredito que deixei você levá-lo! Se soubesse, você nem teria passado pela porta!"

Severus se preparou quando Ísis levantou a mão para bater novamente, quando uma voz fez todos congelarem.

"Mamãe não!"

Ambas as cabeças se viraram para Harry parado ali, olhos arregalados. Por um momento Severus se perguntou onde seus outros dois companheiros estavam e então imaginou que eles tinham corrido para se proteger.

"Harry," Isis começou suavemente.

Harry então surpreendeu os dois ao se colocar entre eles e passar os braços ao redor da cintura do Mestre de Poções.

"Não o machuque mais", implorou Harry.

"Harry," Isis cansou novamente, antes de suspirar, "tudo bem, que tal todos nós sentarmos em algum lugar e conversar?"

*************

Harry despejou a água quente no bule de chá e então o colocou com os outros jogos na bandeja. De seu poleiro em seu ombro, Hedwig acariciou sua bochecha.

"Estou bem, garota", ele assegurou, dando-lhe um tapinha gentil na cabeça, antes de pegar a bandeja e ir para a sala.

Imediatamente Harry sentiu a tensão enquanto nervosamente colocava o chá na mesa. Ele se abaixou para servi-lo, mas Draco o adiantou.

"Diga-me o que aconteceu exatamente." Isis então perguntou quando o chá foi servido.

Harry contou a ela tudo o que aconteceu naquela noite e, quando terminou, seus olhos estavam molhados, mas nenhuma lágrima caiu.

"Você sabia que isso aconteceria, não sabia?" Isis perguntou a Lucius.

Ela observou todos os Katuys durante a explicação de Harry, eles tinham um olhar de culpa, ela sabia que era por vários motivos.

"Eu... eu estava ciente da forte antipatia de Severus por Harry, mas pensei que com o tempo seus instintos assumiriam o controle. Que eu apenas tinha que observá-lo," Lucius respondeu.

"Você não acha que o fato de você ter que assistir Snape, talvez as coisas tenham sido mais extremas do que você esperava?"

Lucius realmente se encolheu.

"E você, Harry, me disse que vocês dois estavam se dando bem, então por que essa cara de culpa?" Isis perguntou a Draco, tomando seu chá

Draco se contorceu um pouco antes de responder, lançando a Harry um olhar de desculpas.

"Harry tem tido pesadelos."

Tanto Lúcio quanto Severo olharam surpresos para sua companheira.

"Eu o fiz prometer! Não foi culpa dele!" Harry disse, antes que os dois pudessem fazer qualquer coisa.

"Harry, por que você não nos contou?", disse Isis.

"Eu não queria que todos vocês se preocupassem."

"Querida, o fato de você não ter nos contado nos deixa ainda mais preocupados"

Harry abaixou a cabeça, Edwiges mordiscou afetuosamente a orelha de seu mestre.

Isis suspirou antes de colocar seu chá na mesa.

"Tenho todo o direito de tirar Harry de vocês", ela disse, erguendo a cabeça para impedir qualquer protesto, "mas não farei isso, Harry aqui determinará suas punições".

Harry olhou para sua mãe em choque.

Ele?!

Puni-los!?

"Mas Lucius e Draco não fizeram nada de errado, e Snape..."

"Snape bateu em você sem motivo algum."

"Entrei em seu laboratório sem permissão e examinei suas memórias privadas."

"O que foi um acidente."

"Mas-"

"Po—Harry, eu o prejudiquei," Severus disse. Harry olhou para ele com olhos arregalados; o Mestre de Poções havia dito seu nome!

"Mas... eu não quero machucar ninguém."

*************

Harry fechou a porta e encostou-se nela.

"Pense sobre isso."

Foi o que sua mãe disse, mas o que havia para pensar?

Ele não queria machucar ninguém.

"O que vou faço,Edwiges?", perguntou ele à sua coruja, que estava pregada em sua vaidade.

Edwiges não conseguiu dar uma resposta.





Obra pertencente a yaoigirl22 no Ao3

Bleeding feathers - Tradução Onde histórias criam vida. Descubra agora