Capítulo 6

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Pilar e Gabriel saíram do cinema juntos. O ar da noite estava fresco, e as pessoas ao redor pareciam animadas com o movimento da cidade.

Pilar, sempre atenta, notou que durante o filme, Gabriel não parecia totalmente satisfeito com a história, e resolveu brincar com isso. Com uma expressão travessa, ela o provocou:

— E aí, foi muito ruim?

Gabriel riu, balançando a cabeça.

— Só um pouquinho...

Os dois riram juntos, compartilhando aquele momento de descontração.

— Ah, eu amei, achei super fofo... — ela comentou, com um brilho nos olhos, claramente apaixonada pelo romance que acabara de ver.

Gabriel não conseguiu evitar uma risadinha, e com seu tom brincalhão respondeu:

— É um pouco exagerado, né?

Pilar riu novamente, sentindo-se na defensiva de uma forma leve e divertida:

— Ah, e os de ação não são?! - devolveu certeira.

Gabriel ergueu uma sobrancelha, encarando-a com um olhar de quem sabia exatamente onde estava se metendo:

— Mas é diferente...

Pilar, curiosa e ainda querendo entender melhor, perguntou:

— Diferente como? O que exatamente você achou ruim?

Gabriel deu de ombros, sorrindo de leve enquanto continuavam a caminhar.

— Os relacionamentos na vida real não são assim. — Ele brincou. — O cara levou o filme inteiro... - deu uma pausa para enfatizar a demora da atitude do personagem - pra dizer que amava a moça, e aí só então que eles deram um beijo! Muito enrolado, né?

Pilar riu, balançando a cabeça em descrença, mas com um sorriso no rosto.

— Ah, Gabriel, é coisa de filme! Tem que ter algo que atrapalhe, senão perde a graça...

Os dois riram juntos, apreciando a leveza da conversa. Enquanto andavam, Gabriel olhou para a frente e avistou um coreto iluminado, um pouco afastado do movimento da rua.

— Vamos sentar um pouco ali? — sugeriu ele, apontando para o coreto.

Ela assentiu, e os dois seguiram até lá. Quando chegaram, se sentaram lado a lado, apreciando o silêncio e a tranquilidade do local.

Depois de um momento de silêncio confortável, Gabriel retomou o assunto, desta vez com um tom mais suave:

— Quer saber, o filme pode não ter sido o melhor, mas eu adorei a companhia...

Pilar sentiu as bochechas esquentarem, um sorriso tímido se formou em seus lábios. A declaração inesperada a pegou de surpresa, mas de uma forma que a fez se sentir especial.

— Eu também gostei... — Ela respondeu meio sem jeito, mas com sinceridade.

Os dois trocaram um olhar significativo, e o silêncio que se seguiu parecia carregar uma tensão sutil, quase palpável. Gabriel, percebendo o clima, decidiu mudar de assunto, buscando deixar o momento mais leve:

— E você, já viveu um romance de filme? — perguntou ele, curioso, mas com um sorriso descontraído.

Pilar riu, balançando a cabeça.

— Ah, quem me dera... Nunca, acredita?

Ele levantou as sobrancelhas, surpreso.

— Sério? — Ele riu. — Não acredito! Por que não?

Wave (Gabrilar)Onde histórias criam vida. Descubra agora