Wave (Gabrilar)

Capítulo 8

Olá queridos leitores e leitoras ☺️
Como sou muito legal, vou liberar o capítulo 8 cedo hoje. Aí amanhã (sexta-feira) de noite libero o penúltimo capítulo. Isso mesmo, estamos chegando ao fim 🥲
Agora segurem a emoção, e aproveitem a leitura!
Espero que gostem 🫶🏼
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Na segunda-feira de manhã, Gabriel estava na sala de aula, organizando o material para a aula do dia. Seu semblante estava fechado, a concentração em sua tarefa era quase uma tentativa de esconder a decepção que sentia.

Depois do ocorrido no sábado, ele havia decidido manter uma distância de Pilar, tratar com ela somente assuntos relacionados ao trabalho. A decisão não foi fácil, mas ele achava que era o melhor caminho para evitar se expor a mais frustrações, já que ele estava começando a entender que os sentimentos por ela iam além da amizade. A imagem dela ao lado de César assombrava sua mente, e ele lutava para lidar com seus sentimentos de forma madura.

Pilar, por outro lado, estava se sentindo inquieta. A forma como o telefonema com Gabriel terminou a deixou com uma sensação estranha. No fundo ela sabia que ele havia ficado chateado por ela estar com César.

Ao passar pelo corredor e avistar Gabriel na sala, decidiu que era hora de tentar se aproximar. Com um desejo de resolver as coisas e esclarecer a situação, ela se dirigiu à sala e entrou.

— Oi Gabriel, bom dia! — saudou Pilar com um sorriso amigável, tentando transmitir leveza na sua voz.

Gabriel levantou os olhos brevemente do material que estava organizando, e sua resposta foi curta e direta.

— Bom dia, professora Pilar.

O tom dele era seco e a falta de calor em sua voz não passou despercebida. Pilar sentiu um peso crescente no peito. Algo estava claramente errado.

— Você tá bem? — perguntou ela, tentando soar casual, mas com uma preocupação genuína.

Gabriel continuava a mexer em seus matérias, sem olhar para ela.

— Sim, estou bem. Só... organizando as coisas para a aula.

Pilar percebeu que sua presença talvez não fosse a melhor coisa para aquele momento, mas sentiu a necessidade de tentar entender o que estava acontecendo.

— Hum, entendi... - parou por um breve momento e continuou - Gabriel, eu queria me desculpar se de alguma forma te deixei desconfortável no sábado... — começou Pilar, tentando abrir um espaço para a comunicação sincera.

Gabriel evitou o olhar dela e continuou com a tarefa, a mão apertando um livro mais forte do que o necessário.

— Não se preocupa com isso... — ele disse.

A professora sentiu a frustração crescer. Ela não queria forçar uma conversa, mas a situação parecia exigir alguma forma de resolução.

— Se precisar de alguma coisa ou quiser conversar sobre qualquer coisa, é só me falar... — ofereceu ela, ainda tentando manter o tom amigável.

Gabriel levantou a cabeça e a olhou por um momento.

— Obrigado. Pode deixar...

A conversa terminou de forma breve, e Pilar saiu da sala com uma sensação de desamparo. A tensão não parecia ter diminuído, e Gabriel voltou a se concentrar no material, com um semblante fechado.

Mas ele precisava esquecer isso por um momento. Afinal, sua atenção agora tinha que ser toda voltada para os alunos, que estavam começando a chegar para a aula. Gabriel respirou fundo, tentando colocar de lado o desconforto e a confusão que sentia, e começou a se preparar para receber as crianças. A presença delas, com suas conversas animadas e a energia típica de uma manhã escolar, ajudou a distrair sua mente e a focar no trabalho que precisava fazer.