❀°• Quadrilha ᴶᴼᴱᴸ •°❀

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Sᴜᴍᴍᴀʀʏ: Eᴜ ᴀᴍᴀᴠᴀ Jᴏᴇʟ ϙᴜᴇ ᴀᴍᴀᴠᴀ Aɴɪᴛᴀ ϙᴜᴇ ᴀᴍᴀᴠᴀ Fᴀʙʀɪ́ᴄɪᴏ ϙᴜᴇ ᴀᴍᴀᴠᴀ Lᴜɪᴢᴀ ϙᴜᴇ ɴᴀ̃ᴏ ᴀᴍᴀᴠᴀ ɴɪɴɢᴜᴇ́ᴍ.

Tᴀɢs: ᴀɴɢsᴛ, ʜᴜʀᴛ/ɴᴏ ᴄᴏᴍғᴏʀᴛ, ᴜɴʀᴇϙᴜɪʀᴇᴅ ʟᴏᴠᴇ, s1 ᴅʏɴᴀᴍɪᴄs, ʀᴇᴀᴅᴇʀ ᴀɴᴅ ғᴀʙʀɪᴄɪᴏ ғʀɪᴇɴᴅsʜɪᴘ, ᴀʟᴄᴏʜᴏʟ, ᴘʟᴏᴛ ᴄʜᴀɴɢᴇs, ʀᴇᴀᴅᴇʀ x ᴊᴏᴇʟ

Wᴏʀᴅ Cᴏᴜɴᴛ: 1.3ᴋ

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Havia comprado uma saia e gastado horas aprendendo aquele penteado novo em uma revista adolescente, apenas para que, enquanto estivesse conversando com Joel, ele ficasse olhando para Anita no outro canto da festa. Toda a minha coragem de dizer o que estava sentindo a meses – ou qualquer expectativa de beijá-lo em algum momento – havia desaparecido no momento em que ela passou correndo entre nós para ir até a pista de dança, quando "Tô nem aí" começou a tocar.

– Você me dá uma licença? – Joel disse, ainda com o olhar vidrado nela.

Não me encarou, apenas estendeu seu copo de bebida para que eu segurasse e andou até a pista de dança. Pisquei algumas vezes para evitar que lágrimas escorressem pelos meus olhos. Eu estava ali apenas porque ele disse que iria. Não gostava de festas e nem era muito próxima de Luiza, mas comprei um presente e me vesti bonita para o aniversário, para ele. Por que permiti que virássemos melhores amigos? Eu sabia que iria me machucar quando o visse apaixonado por alguma outra menina – e, por mais que tenha demorado, esse dia inevitável havia chegado.

– Seu namorado te largou? – ouvi uma voz dizer.

Não precisava me virar para saber que era Fabrício, mas mesmo assim voltei para encará-lo. Era melhor conversar com ele do que ficar sozinha na festa. Queria desaparecer.

– Ele não é meu namorado – rebati. Minha voz estava calma, mas minha mandíbula tensionada entregava meu desconforto com o fato de ele não ser meu namorado.

– Claramente – ele riu e olhou para a pista de dança.

Desviei meu olhar para a mesma direção que encarava, vendo Joel e Anita conversando. Sua postura corporal mostrava flerte e intenção, enquanto a outra apenas o respondia gritando – por causa da música alta – e desviava os pontos de toque do corpo, tentando evitá-lo. Era nítido, menos para ele.

– Como se você não estivesse louquinho pela aniversariante – comentei, destilando um veneno que não sabia que possuía.

Nossos olhares procuraram juntos por Luiza no quintal, encontrando-a perto do bolo e das decorações de golfinho enquanto tirava algumas fotos com Douglas, o seu namorado oficial. Ele virou para o outro lado, de modo a não ver a anfitriã. Suas próximas palavras saíram tristes da boca e eu senti que havia deixado-o tão infeliz quanto eu estava.

– Acho que somos dois fodidos – riu fraco e eu ri também.

De dentro do casaco, Fabrício tirou um cantil metálico. Desatarraxou a tampa e trouxe para perto da boca, ingerindo o líquido. Estendeu para mim.

– Aceita?

Afirmei com a cabeça e peguei o cantil, que parecia já estar na metade. Ele já estava ficando bêbado? Estava bebendo desde quando? Levei meus lábios ao objeto e deixei com que o álcool descesse pela garganta. Bebi uma boa golada e tentei esconder a cara feia. O líquido passava queimando a garganta e, talvez por ser um dos mais baratos do mercado, deixava um gosto horrível no final do paladar.

Dᴇ Vᴏʟᴛᴀ ᴀᴏs 15 ɪᴍᴀɢɪɴᴇsOnde histórias criam vida. Descubra agora