❀°• Quadrilha pt.2 ᶠᴬᴮᴿᴵ́ᑦᴵᴼ•°❀

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Sᴜᴍᴍᴀʀʏ: ᴘᴀʀᴛᴇ 2 ᴅᴏ ᴄᴀᴘɪ́ᴛᴜʟᴏ "ϙᴜᴀᴅʀɪʟʜᴀ"; ᴇɴᴠᴏʟᴠɪᴍᴇɴᴛᴏ ᴄᴏᴍ ғᴀʙʀɪ́ᴄɪᴏ.

Tᴀɢs: ғʀɪᴇɴᴅs ᴛᴏ ʟᴏᴠᴇʀs, ʀɪᴠᴀʟɪᴅᴀᴅᴇ ғᴇᴍɪɴɪɴᴀ (ᴄɪᴜ́ᴍᴇs), ʀᴇᴀᴅᴇʀ x ᴊᴏᴇʟ (ᴀɴɢs), ʀᴇᴀᴅᴇʀ x ғᴀʙʀɪ́ᴄɪᴏʟᴜғғ), ᴇᴜ sᴏᴜ ᴊᴏɴɪᴛᴀ ᴇɴᴛᴀ̃ᴏ s ᴅᴇsᴄʀɪᴄ̧ᴏ̃ᴇs sᴀ̃ᴏ ᴀᴘᴇɴᴀs ᴘᴇʟᴏ ᴘʟᴏᴛ, sᴘᴏɪʟᴇʀs ᴇᴘɪsᴏ́ᴅɪᴏ ғɪɴᴀʟ s1, ʜᴜʀᴛ/ᴄᴏᴍғᴏʀᴛ, ᴍᴜɪᴛᴏ ᴄʜᴏʀᴏ, ᴀʟᴄᴏʜᴏʟ, ʙᴇɪᴊᴏ

Wᴏʀᴅ Cᴏᴜɴᴛ: 2.4

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Me despedi da aniversariante e procurei sozinha pela saída da casa, espantada pelo quintal ser tão enorme. Meu peito estava pesado demais e tudo que eu mais queria fazer naquele momento era deitar em minha cama e chorar em posição fetal até ficar com tanta dor de cabeça que o único remédio seria hibernar até o outro dia. Por que havia deixado que minha paixão se desenvolvesse daquela maneira? Estava apaixonada nele desde o primeiro ano e, de repente, tudo mudou quando ela chegou zombando dele no primeiro dia de aula.

Por que ela? O que Anita tinha que eu não tinha? Ela era mais bonita? Mais legal? Doía demais estar apaixonada por ele; doía mais ainda saber que ele estava apaixonado por outra. Anita nunca gostaria dele como eu; não conhecia seu jeitinho, suas manias, todos os pontinhos do seu rosto... e não tinha interesse em conhecer. Ela não o procurava com os olhos sempre que ele entrava em algum ambiente; para ela, ele era a segunda opção. Ela gostava de Fabrício, ou de Henrique, ou de qualquer pessoa que não fosse Joel – e ele não conseguia ver isso.

Tive que segurar as lágrimas de rolarem pelas bochechas pois sabia que se começasse, não conseguiria parar. Havia estragado tudo agora e o gosto de bile no pé da garganta deixava a boca amarga.

Ao passar pelo portão lateral, recebi um assobio. Me virei, procurando pelo dono do barulho, sem muito saco para cantadas ou piadinhas, mas era apenas Fabrício encostado no muro. Virou o cantil que havíamos bebido mais cedo até o final.

– Já vai embora? Não vai ficar pro parabéns? – perguntou, com a voz arrastada por causa do álcool.

– Tô sem saco. Fodi tudo com o Joel – comentei e encolhi os ombros.

Se desencostou do muro e, pela primeira vez, consegui ver o quão bêbado estava. Tropeçou no próprio pé e se segurou em meu braço para não cair. Não conseguia ficar em pé por si só, dando alguns passos ao lado, procurando por algum ponto de equilíbrio. Porém, mesmo extremamente alcoolizado, ainda tentava me consolar.

– Pelo menos você tentou, teve coragem pra isso – falou, colocando a mão no meu ombro. Levantei o braço e passei o dedo pelo sangue que descia de seu lábio, tentando pelo menos tirar o excesso.

– E você não tem? – respondi. O sangue em sua boca, por ter brigado com Eduardo, era a resposta exata do que eu achava da pergunta: ele era bom e defendia seus amigos, muito mais corajoso do que muitas das pessoas que eu conhecia.

Dᴇ Vᴏʟᴛᴀ ᴀᴏs 15 ɪᴍᴀɢɪɴᴇsOnde histórias criam vida. Descubra agora