Sᴜᴍᴍᴀʀʏ: Vɪᴀɢᴇᴍ ᴅᴇ ғᴏʀᴍᴀᴛᴜʀᴀ ᴅᴏ ᴛᴇʀᴄᴇɪʀᴀ̃ᴏ.
Tᴀɢs: ғʟᴜғғ, ʀᴏᴀᴅ ᴛʀɪᴘ, ɢᴇɴᴛᴇ ᴇ́ ᴛᴀ̃ᴏ ᴅɪғɪ́ᴄɪʟ ᴀᴄʜᴀʀ ᴘᴇʀsᴏɴᴀɢᴇɴs sᴇᴄᴜɴᴅᴀ́ʀɪᴏs ᴇᴍ Dᴇ Vᴏʟᴛᴀ ᴀᴏs 15, ʙᴇɪᴊᴏ
Wᴏʀᴅ Cᴏᴜɴᴛ: 2.2ᴋ
Eu tenho perguntas demais sobre Joel ter uma van para serem respondidas em uma simples viagem de carro até o litoral. Por exemplo, desde quanto ele tinha aquela van? Era herança de família ou havia optado por comprar uma? Se era por escolha, por que uma van? Fazia quanto tempo que tinha carteira de motorista? A prova era a mesma pra carros e vans? Qual a diferença entre uma van e uma kombi?
Não perguntei nada, apenas espremi o olhar no banco de trás enquanto Joel virava o volante em reação às direções de Luiza, que segurava um mapa a frente e seguia seus conhecimentos do tempo em que viveu em São Paulo. Quando atravessássemos a cidade, Douglas mudaria de assento para ajudar a guiá-lo, mas por enquanto estava sentado ao meu lado.
Fernanda, Fabrício e Emília estavam sentados no banco atrás de nós, ocupando o resto da van. Por que Joel precisava de um meio de transporte tão grande? Ele estava planejando morar ali depois da formatura? Ouvimos o barulho do plástico rasgar, provavelmente alguém abrindo um salgadinho.
– Tem que abrir isso agora? Vai ficar fedendo – Fê reclamou.
– Eu to com fome – Fabrício respondeu.
Revirei os olhos. O barulho da embalagem e da mastigação do salgadinho, junto ao cheiro pútrido do industrializado, deixaram a van inteira desconfortável. Luiza percebeu isso e resolveu mudar de assunto:
– Vocês conseguem acreditar que o Eduardo estaria aqui com a gente?
Verdade. Antes de ter sido expulso, ou melhor, antes ainda do aniversário de Luiza, Eduardo tinha amizade ou conexão com todos os presentes na van e, com certeza, seria convidado para a viagem de formatura na casa de praia de Douglas. Ele provavelmente não calaria a boca durante a viagem, deixaria todos incomodados, riria com aquela sonoridade irritante e ficaria flertando com todas as meninas que encontrasse na praia, mesmo que estivesse namorando com Carol.
– Nem fala desse imbecil – Joel riu, dando seta para entrar na outra rua.
– Não sei porque aturamos aquele babaca por tanto tempo – Fabrício comentou com a boca cheia de salgadinho e eu quis rir.
– Fiquei sabendo que ele passou em uma faculdade em BH – Fernanda acrescentou.
– Quanto mais longe, melhor – Luiza riu.
Todos haviam mudado – para a melhor, claro. Luiza já não mais guardaria segredo das traições para que sua prima não se chateasse; Joel não aceitava mais ser feito de capacho; Fabrício havia percebido que suas ações faziam mal as outras pessoas (e, principalmente, a sua irmã mais nova); Fernanda parou de aceitar homens cafajestes; eu parei de aceitar que fizessem piadas me subjugando. Era bom não ter mais Eduardo, era bom ele estar indo para longe.
Porém, em um segundo, percebi que não era apenas Eduardo que estava se mudando... todos nós estávamos. Cada um havia passado em uma faculdade, ou em um curso, ou faria cursinho no ano seguinte para tentar novamente, mas cada um estava trilhando um caminho diferente e essa seria a última vez que estaríamos nesse grupo, dessa maneira.
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Dᴇ Vᴏʟᴛᴀ ᴀᴏs 15 ɪᴍᴀɢɪɴᴇs
Fanfiction"𝐻𝑎́ 𝑣𝑎𝑛𝑡𝑎𝑔𝑒𝑛𝑠 𝑒𝑚 𝑠𝑒 𝑡𝑒𝑟 𝑢𝑚𝑎 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑎 𝑐𝘩𝑎𝑛𝑐𝑒, 𝑚𝑎𝑠 𝑎 𝑣𝑒𝑟𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑒́ 𝑞𝑢𝑒 𝑛𝑎𝑑𝑎 𝑎𝑐𝑜𝑛𝑡𝑒𝑐𝑒 𝑑𝑜 𝑚𝑒𝑠𝑚𝑜 𝑗𝑒𝑖𝑡𝑜 𝑑𝑢𝑎𝑠 𝑣𝑒𝑧𝑒𝑠." -Bʀᴜɴᴀ Vɪᴇɪʀᴀ