Sᴜᴍᴍᴀʀʏ: Hᴇɴʀɪϙᴜᴇ ɢᴀɴʜᴀ ᴜᴍ sʜᴏᴡ sᴜʀᴘʀᴇsᴀ.
Tᴀɢs: ғʀɪᴇɴᴅs ᴛᴏ ʟᴏᴠᴇʀs, sᴏɴɢғɪᴄ, ғʟᴜғғ, ᴜsᴏ ᴅᴀ ʟᴇᴛʀᴀ ᴅᴇ "ɪɴᴠɪsɪ́ᴠᴇʟ" ᴅᴇ Jᴜʟɪᴇ ᴇ ᴏs Fᴀɴᴛᴀsᴍᴀs, ʙᴇᴍ ʙᴇsᴛɪɴʜᴀ
Wᴏʀᴅ Cᴏᴜɴᴛ: 1.4ᴋ
Estive me encontrando com Bruna e Fagulha por três semanas, sempre às terças e sextas, após a aula. Era o horário em que a banda havia encontrado para se reunir sem outros compromissos, dias de ensaio e, principalmente, sem Henrique – que costumava ir para casa almoçar com sua avó e passar o resto da tarde estudando. Sabíamos sobre sua necessidade de ser sempre o garoto perfeito, com notas espetaculares e orgulho da família; era melhor que, por hora, continuasse sem participar desses encontros extras.
Quando contei sobre minha ideia, os dois se olharam rapidamente. Estavam tendo uma conversa telepática a qual eu não tinha a menor noção do que estava sendo dito. Senti um calafrio correr pela espinha. Era uma má ideia? Por que estavam fazendo aquela cara?
– Vamos fazer – Fagulha disse, abrindo um sorriso.
– O que? – Bruna perguntou, sendo pega desprevenida pela resolução do amigo.
– Vamos te ajudar – voltou a reiterar e eu sorri de orelha a orelha.
Ele virou o rosto para olhar para mim e afirmou com a cabeça. Levantou a palma da mão e eu rapidamente entreguei os papéis dobrados para que pudesse analisar o que eu tinha até o momento. Abriu o papel e viu pedaços de texto em lápis e outros em caneta, marca-texto grifando algumas partes e corretivo em outra parte, setas mudavam versos de lugar. Fagulha balançou a cabeça positivamente, parecia que havia pensado em um ritmo bom e entendido a ordem dos versos e estrofes.
– Eu juro que essa é a coisa mais brega que eu já vi alguém fazendo – Bruna reclamou, enquanto afinava o baixo.
– Eu achei romântico – Fagulha rebateu.
– Brega.
– Até parece que você não faria uma serenata pra pessoa que estivesse apaixonada – caçoou e eu tive que segurar o riso, não querendo que ela se zangasse.
– Estarei morta antes disso acontecer.
Ele revirou o olhar, rindo. Bruna poderia ter essa pose de durona e o semblante de quem pode te envenenar a qualquer momento, mas admirava pessoas corajosas... principalmente as que tinham coragem de passar vergonha na frente de quem gostava. Ela me estendeu o violão e acenou com a cabeça, indicando um "mostra o que estava pensando".
Aceitei o objeto e me sentei na beirada do palco, de modo que o violão ficasse apoiado em minha perna e eu tivesse uma boa visão das cordas. Quando comecei a tocar, os dois ouviram com sinceridade; não era a música mais elaborada do mundo e estava longe de ser o grande hit do ano, mas era verdadeira, sentimental e uma real declaração do amor e carinho que eu sentia por Henrique.
Então, com o passar dos encontros, desenvolvemos a letra e o ritmo da canção.
– Ficou melhor dessa vez, né? – eu disse e Fagulha afirmou com a cabeça. – Vamos passar de novo.
Ouvi Bruna bufar e jogar o cabelo para trás, cansada de tocar a música pela quinta vez seguida. Sabia que precisávamos treinar e que aquela era uma ideia boa, quase contagiante até mesmo para uma das almas mais rabugentas de Imperatriz, mas já estávamos fazendo isso a semanas! A música estava boa, com ritmo animado e letra interessante. O que mais eu poderia querer? Era só apresentar...
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Dᴇ Vᴏʟᴛᴀ ᴀᴏs 15 ɪᴍᴀɢɪɴᴇs
Fanfic"𝐻𝑎́ 𝑣𝑎𝑛𝑡𝑎𝑔𝑒𝑛𝑠 𝑒𝑚 𝑠𝑒 𝑡𝑒𝑟 𝑢𝑚𝑎 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑎 𝑐𝘩𝑎𝑛𝑐𝑒, 𝑚𝑎𝑠 𝑎 𝑣𝑒𝑟𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑒́ 𝑞𝑢𝑒 𝑛𝑎𝑑𝑎 𝑎𝑐𝑜𝑛𝑡𝑒𝑐𝑒 𝑑𝑜 𝑚𝑒𝑠𝑚𝑜 𝑗𝑒𝑖𝑡𝑜 𝑑𝑢𝑎𝑠 𝑣𝑒𝑧𝑒𝑠." -Bʀᴜɴᴀ Vɪᴇɪʀᴀ