Sᴜᴍᴍᴀʀʏ: Jᴏᴇʟ ɢᴏsᴛᴀ ᴅᴇ ᴄᴏɴᴠᴇʀsᴀʀ sᴏʙʀᴇ ᴠɪᴀɢᴇᴍ ɴᴏ ᴛᴇᴍᴘᴏ.
Tᴀɢs: ғʟᴜғғ, ʀᴇғᴇʀᴇ̂ɴᴄɪᴀ ᴀᴏ ɴᴀᴛᴏʀᴀ ᴅᴀ ᴜғᴍɢ, ᴀʟᴄᴏʜᴏʟ, sʟɪᴄᴇ ᴏғ ʟɪғᴇ?, Fᴀʙʀɪ́ᴄɪᴏ ᴅᴇ ᴠᴇʟᴀ
Wᴏʀᴅ Cᴏᴜɴᴛ: 1.7ᴋ
As quintas feiras, geralmente no começo do semestre ou ao final desse, acontecia uma festa pública dentro do campus da UFCAF. No começo, alguns alunos se reuniam para realizar uma festa clandestina, sem permissão da reitoria, na área mais florestal da universidade, com música alta e venda de bebidas alcoólicas para os universitários. Com o tempo, houve a disseminação em massa dessa festa, que quadruplicou o número de alunos, bebida e música, carregando seus rádios e caixa de som altíssimos com CDs variados – ainda sem a permissão da reitoria, então tudo era feito às escondidas e a organização fluida, sem que pudessem encontrar um "culpado" e expulsá-lo.
Atualmente estava em uma dessas festas, com um grupo que escutava um CD de hip-hop a qual não tinha nenhum conhecimento da existência – nem ao menos tentei adivinhar o que poderia ser com o risco de errar drasticamente. As pessoas à volta conversavam alegres e faziam passos de dança daqueles que se viam na MTV, rodando em cima da grama e arrancando essa do chão. Os mais ousados, que se denominavam "bboys", tentavam dançar break na terra, contando que poderiam se machucar menos lá do que no asfalto.
Já estava na minha terceira garrafa de cerveja quando um outro grupo universitário chegou até perto do nosso. O da frente, aparentemente liderando os outros, estava com uma garrafa de vodka na mão.
– Um shot por 1 real, dois por 1,50 – ofereceu.
Olhei para a cerveja em minha mão, pensando se valeria a pena lidar com a ressaca da manhã seguinte – sempre fui fraca para destilados –, mas decidi aceitar. Dois ou três amigos meus foram primeiro e, na minha vez de aceitar o shot, ouvi o garoto sussurrar "o seu é por minha conta". O garoto ao seu lado revirou os olhos e eu quase cuspi o líquido por causa disso. Ele já havia dado essa cantada em quantas naquela noite? E seu amigo estava ao seu lado quantas vezes? Engraçado.
– Sentem aí – convidei-os para que se juntassem a nós.
Eles se entreolharam e sentaram perto do nosso grupo, puxando o cooler de bebidas para nosso meio – até nos ofereceram, mas já tínhamos o nosso. O garoto chamado Dom foi aprender alguns giros de break e os outros começaram a puxar assunto com minhas amigas, sempre se certificando que seus dedos estivessem sem anel de compromisso.
Os assuntos tiveram o mesmo início de sempre, com "já veio na festa antes?", "tá gostando?", "o que você faz?" – na universidade, quando é sua primeira vez conhecendo alguém, essas questões costumam ser o ponto inicial da conversa. Porém, dessa vez, quando cada um falou sobre seu curso, levantou-se a questão: qual a diferença entre um bacharelado e uma licenciatura.
– E quem faz Física pode trabalhar em quê, além de dar aula? – perguntei, curiosa.
Na situação, apenas consegui pensar no meu professor de física do ensino médio irado conosco por termos tirado péssimas notas na prova. O que outros formados em física podiam fazer além de dar aula? Joel tinha interesse nisso? Se ele fosse professor de minha turma nessa época, teria dezenas de adolescentes babando nele.
– Até parece que o Joel vai dar aula – Fabrício o interrompeu, com um sorriso. Usou um braço para abraçar o amigo de lado e, com o outro, levou a cerveja a boca. – Ele vai montar uma máquina do tempo e sair por aí viajando.
Não entendi porque o garoto revirou os olhos quando o amigo disse aquilo, soltando uma bufada de insatisfação. Era uma piada interna? Deveria perguntar sobre, para me fazer a par do assunto? Ou era um código entre eles? Ou uma cantada pra mim? É, no final do rolê, ele poderia dizer que gostaria de ter uma máquina do tempo para voltar e passar a noite inteira me beijando.
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Dᴇ Vᴏʟᴛᴀ ᴀᴏs 15 ɪᴍᴀɢɪɴᴇs
Fanfic"𝐻𝑎́ 𝑣𝑎𝑛𝑡𝑎𝑔𝑒𝑛𝑠 𝑒𝑚 𝑠𝑒 𝑡𝑒𝑟 𝑢𝑚𝑎 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑎 𝑐𝘩𝑎𝑛𝑐𝑒, 𝑚𝑎𝑠 𝑎 𝑣𝑒𝑟𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑒́ 𝑞𝑢𝑒 𝑛𝑎𝑑𝑎 𝑎𝑐𝑜𝑛𝑡𝑒𝑐𝑒 𝑑𝑜 𝑚𝑒𝑠𝑚𝑜 𝑗𝑒𝑖𝑡𝑜 𝑑𝑢𝑎𝑠 𝑣𝑒𝑧𝑒𝑠." -Bʀᴜɴᴀ Vɪᴇɪʀᴀ