21.0

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Pov Rebeca Andrade
 
[...]
 
— Eu tenho um “date” com a atleta mais gata e mais foda das Olimpíadas! - Exclamou ela com uma voz mais alegre em um tom divertido, se abaixando para me pôr no chão e me encarando com aqueles olhos castanhos no meio da escuridão daquele canto estreito da Vila Olímpica. 
 
— Eu estou com uma vontade muito grande de fazer uma coisa, mas eu queria te levar para sair primeiro. - Em meio àquela revelação de Gabriela e aquele conto em que estávamos, sinto um frio na barriga pensando em muitas coisas que eu permitiria ela fazer comigo.
 
— Eu não me incomodaria se você fizesse isso agora! - Ao parecer meio surpresa com minha declaração, rapidamente ela coloca uma de suas mãos em meu pescoço enquanto a outra se mantém em minha cintura para me manter mais perto dela. Sem mais nenhuma hesitação, nossas bocas se encontram pela primeira vez, era um beijo lento e ao mesmo tempo quente. Senti as mãos de Gabriela me puxando para mais perto enquanto a outra segurava meu pescoço. Eu poderia me perder por horas naqueles lábios e mesmo assim acharia que não seria o suficiente, era viciante seu beijo, seu toque, seu cheiro, eu me sentia como alguém que acabou de descobrir um novo vício.
 
— Rebeca ! - Nosso beijo é interrompido por uma voz familiar me chamando, era a Flávia e só então eu lembrei que eu deveria ter dado notícias e tinha esquecido desse detalhe.
 
— Vamos sair daqui! - digo e logo puxo Gabriela pelas mãos, indo em direção ao chamado de Flávia, que estava com seu celular em mãos, provavelmente tentando me ligar, mas meu celular estava no modo “não perturbe”. Assim que aparecemos em seu campo de visão, seu olhar, que antes era de preocupação por eu ter sumido, agora era um olhar de malícia.
 
— Se você tivesse atendido o celular ou pelo menos mandado uma mensagem, eu não estarei aqui atrapalhando sua pegação em beco escuro, mas não, a senhora tinha que ignorar minhas mensagens, eu estava quase avisando o guardinha da vila para ir atrás de você com aquela lanterna que clareia mais que o farol de um carro! - Eu deveria estar brava, mas eu só sabia rir, fui chegando perto da Flávia e logo a abracei, sendo retribuída logo em seguida.
 
— Eu te amo, Flávia, vamos voltar logo pro alojamento, prometo! - Sou encarada com um olhar de desconfiança, mas logo Gabriela fica ao meu lado e passa seu braço pelos meus ombros, me trazendo para mais perto dela.
 
— Eu vou acompanhar vocês até o alojamento e depois vou para o meu, já está tarde e não queria preocupar ninguém, foi a primeira e última vez que isso aconteceu - Com aquelas palavras, senti que Flávia ficou mais tranquila em relação a tudo, mas não falou mais nada durante o curto caminho até o alojamento. Antes de nos deixar em nossos quartos, Gabriela me dá um beijo na cabeça e um abraço apertado antes de desejar boa noite para nós duas e assim ir em direção ao seu quarto com a equipe de vôlei.

Meia noite em Paris | REBIOnde histórias criam vida. Descubra agora