Meia noite em Paris | REBI

38.0

16/08/2024

Belo Horizonte - MG 

Rebeca saiu do banheiro após finalizar seu banho e cuidar da higiene pessoal. As conversas que teve com Lorrane ainda rodavam em sua mente, e ela não entendia ao certo o motivo de tanto nervosismo. Embora se tratasse de algo relativamente "novo", ela nunca fora de ter vergonha nessas horas. Mas havia algo que a travava quando pensava em fazer isso com Gabi. Não era qualquer pessoa; era Gabriela Guimarães, capitã da seleção, uma das maiores jogadoras do mundo, se não a melhor jogadora atualmente. As coisas pareciam mil vezes maiores quando se parava para pensar nelas, e Rebeca sabia que, para conseguir algo, deveria enfrentar isso de uma vez. Agora vestida com um shorts de dormir branco e um sutiã, decidiu ir até o quarto de Gabi para pegar uma das camisetas da mais velha emprestada. Ela sabia que Gabi estava na sala com Nadal e que teria tempo para ir ao quarto e pegar a camiseta. Após chegar ao quarto sem fazer muito barulho, abriu uma das portas do guarda-roupa da mais velha, notando várias camisas de times pelos quais Gabi já jogou. Uma em especial chamou sua atenção: era a camisa da seleção brasileira, branca, com o número 10 e a faixa de capitã logo abaixo. Rebeca pegou a camisa e a vestiu, permitindo-se admirar como a roupa ficava em seu corpo. Era um pouco maior, nada exagerado. Ela passou bons minutos ali, apenas admirando seu reflexo e fazendo poses de vôlei, como se fosse a nova jogadora da seleção. Isso seria algo que definitivamente gravaria em vídeo depois.

Saindo do quarto da jogadora, ela foi em direção à sala e viu que a televisão estava ligada, passando algum noticiário aleatório. Nadal, que antes estava brincando com Gabi, agora estava deitado em sua caminha no canto da sala. Sem muita enrolação, Rebeca respirou profundamente antes de entrar no campo de visão da mais velha. Ao ser recebida com um sorriso no rosto e um olhar que a avaliava de cima a baixo, pode notar os olhos de Gabi brilhando com a visão à sua frente. Ainda um pouco desnorteada, a ginasta decidiu tomar uma atitude ousada e sentou-se no colo da jogadora, que de forma automática colocou suas mãos na cintura da menor.

— Alguém já te disse que você fica linda de branco? — murmurou a mais velha, ainda hipnotizada com a imagem diante dela. Não é todo mundo que tem o privilégio de ter Rebeca Andrade usando uma de suas camisas da seleção com seu nome atrás sentada em seu colo.

— Já me disseram, e devo concordar; eu fico uma gatinha com roupas brancas. — A timidez ainda pairava sobre Rebeca que sentia suas bochechas esquentando a cada ação mas mesmo assim se manteve firme com suas atitudes, quando suas mãos se moviam para a nuca de Gabi, ajeitando-se mais em seu colo e deixando um beijo demorado no rosto da maior. Em seguida, começou a deixar pequenos beijos que desciam lentamente pelo pescoço dela, sentindo as mãos de Gabi apertarem sua cintura, criando um incentivo irresistível. Isso a motivou a deixar leves mordidas pelo pescoço da jogadora.

— Você está me testando ou algo do tipo? — A voz rouca da mais velha causou um arrepio em seu corpo, fazendo-a estremecer ainda mais a cada toque. As mãos da jogadora, que antes estavam em sua cintura, começaram a explorar suas coxas e a deslizar por baixo da blusa, apertando seu corpo contra o dela. O toque pele a pele fez acender uma chama ainda maior entre elas, o corpo de ambas estava em combustão, o desejo dominava o ambiente era um misto completo de emoções que inundavam aquele ambiente

— Na verdade, eu queria outra coisa... algo que espero desde o dia do terraço... — Murmurou em um tom baixo, quase como se estivesse contando algo confidencial que apenas a jogadora pudesse saber.

— E o que você está querendo, meu bem? — O som da voz baixa e rouca fez o novo apelido de Rebeca soar da forma mais provocadora possível e a fez sentir um frio na barriga só de imaginar aquela voz falando outras mil coisas em seu ouvido, fazendo-a se aproximar ainda mais de Gabi, posicionando sua boca perto da orelha da maior.