"- Vossas senhorias, que tiveram a oportunidade de presenciar o testemunho dos réus, chegamos a finalidade que, por falta de provas que digam o contrário, concluímos que o réu merece ser condenado pela morte de Lee Sora, de 15 anos, no dia 28 de jun...
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— Eu realmente não acredito que estou fazendo isso. — suspirou alto.
— Desculpa hyung eu não quis insistir. — respondeu Jungkook, vendo o mais velho o encarar surpreso. — O que foi?
— Do que me chamou? — disse parando de mexer nas roupas, e só então o mais novo se tocou do que dissera. — Me chamou de "hyung"?
— Oh! eu não percebi, me desculpe.
— Não se preocupe, é que... tem tanto tempo que não ouço esse termo. — sorriu fraco se voltando para o guarda roupas, novamente. — Antigamente, Taehyung tinha a mania de me chamar assim também, mas com o passar dos anos, perdemos esse costume.
— Eu... posso te chamar assim então?
— É estranho depois de tanto tempo, mas... sim. Pode sim. — se virou sorrindo. — Bem, eu já escolhi minhas roupas, o que vai usar?
— Ah, eu já estou pronto. — disse sem jeito.
— Ah não mesmo. Não vai me arrastar pra uma festa e simplesmente ir assim, de qualquer jeito. — falou fitando a calça simples e o moletom preto que o menor usava. — Vem vou te emprestar algo meu.
Jungkook nada disse. Apenas se levantou sem protestar e seguiu o garoto que lhe entregava algumas peças.
— Essas roupas são mais antigas, então devem servir em você que é bem mais magrinho que eu. — disse fazendo o garoto comparar seus corpos, e discordar imediatamente.
— Eu acho que temos o mesmo físico, ou me arrisco à dizer até que... é bem mais magro que eu. — riu fraco. — Você só é mais alto hyung. — Tombou a cabeça podendo notar o outro negando, e sorrindo de canto, mesmo estando quase de costas.
— Bem... e-eu vou me trocar no banheiro ok? Pode se vestir aqui, eu já volto. — avisou pegando suas peças e adentrado o cômodo.
Já Jungkook estacionava frente ao espelho, já removendo suas roupas, e vestindo a calça jeans clara que lhe caia tão confortavelmente bem. Alguns pequeninos cortes desfiados nos joelhos, enfeitavam o tecido quente. A blusa branca de algodão, sem estampa não tão larga, e o casaco quente, verde musgo com alguns desenhos nas costas.
Eram roupas simples. Mas fizeram tanta diferença em seu corpo.
— Oh está perfeito. — disse orgulhoso o mais velho, assim que voltou ao quarto. — Ah, falta algo — concluiu correndo até sua gaveta e tirando de lá, uma correntinha prata com uma pedrinha azul. — Toma, eu ganhei e nunca usei mesmo. — sorriu pondo o acessório no garoto.
— É muito bonito, obrigado. — agradeceu se vendo no espelho.
— Não agradeça, agora vem cá, que tal assim? — pegou um pente colorido e repartindo o cabelo do menor ao meio, dividindo sua franja, que casualmente sempre cobria toda sua testa. — Que tal deixar sua testa respirar um pouco? — brincou.
