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Sob o rangido pesado das grandes portas de madeira, o saguão do tribunal se iluminou com uma luz fria e impiedosa.
Todos ergueram-se em respeito ao senhor de fraque preto e peruca branca, cujos passos apressados ecoavam pelo salão até que se assentasse com solenidade.
Uma reverência silenciosa percorreu a assembleia, como se a própria sala lamentasse o destino a ser traçado naquele fatídico dia.
Do lado de fora, a chuva caía inclemente, em um cenário de clarões assombrosos e trovões funestos. Mesmo em pleno dia, os relâmpagos projetavam sombras inquietantes nas janelas altas daquela corte.
Uma tempestade dolorosa... como se o semblante de Deus pudesse ser refletido em tamanha indignação, em meio as nuvens, enquanto seus anjos derramavam lágrimas pesadas, ecoando como um luto celestial.
Naquele saguão, um par de íris escuras contemplava os próprios dedos, longos, pálidos e finos, trêmulos pelo frio cortante. Sentado na primeira fileira da tribuna. Os ouvidos imersos em seus próprios pensamentos sombrios, quase podiam ouvir tal lamuriar nos céus.
Naquele dia... ele aguardava a anunciação de sua sentença.
Levantando minimamente o olhar, capturou o momento em que o restante dos senhores sentaram-se, sem sequer encarar a plateia à frente.
Qualquer um que estivesse próximo, poderia notar o quanto suas mãos tremiam, envoltas por suor e as feridas recentes ao redor de suas unhas já tão maltratadas pela ansiedade e o nervosismo que tanto o corroía de dentro para fora.
Mas nada se comparava a sensação apavorante que se alastrou por sua espinha, quando a voz rouca e autoritária rasgou o silêncio na corte, proclamando:
— Declaro essa sessão aberta! — disse o juiz. E em seguida o som do enorme martelo de madeira ecoou por todo local.
Todos se aprumaram em seus respectivos acentos, voltando seus olhos e total atenção, a excelência que agora se pronunciava, finalmente, dirigindo-se ao garoto de olhos escuros;
— Qual seu nome? — proferiu encarando com severidade o garoto encolhido diante de si.
— Jeon Jungkook, senhor — este respondeu temeroso, mas sem hesitação, esforçando-se para não falhar em tão poucas palavras.
— Qual a sua idade?
— Quinze.
— O senhor tem advogado? — questionou, conferindo anotações em alguns papéis e cumprindo o procedimento padrão dos questionamentos em julgamento.
— Tenho sim, senhor.
— E quem é?
— Doutor Seohyun. — respondeu como foi previamente instruído, encarando o rapaz bem engravatado ao seu lado.
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Condenados ɬ PJ + JK •
Fiksi Penggemar"- Vossas senhorias, que tiveram a oportunidade de presenciar o testemunho dos réus, chegamos a finalidade que, por falta de provas que digam o contrário, concluímos que o réu merece ser condenado pela morte de Lee Sora, de 15 anos, no dia 28 de jun...