"- Vossas senhorias, que tiveram a oportunidade de presenciar o testemunho dos réus, chegamos a finalidade que, por falta de provas que digam o contrário, concluímos que o réu merece ser condenado pela morte de Lee Sora, de 15 anos, no dia 28 de jun...
Então! Esse é o último capítulo com flashback do passado, a partir daqui as coisas começam a andar OK? Deixa o votinho!!
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
" — Não, senhor.
— Tem certeza do que está me respondendo?
— Sim, a última vez que o vi já faz muito tempo. — disse com um semblante triste, se ajeitando no sofá.
— Bem, a senhorita... — conferiu o nome da garota na ficha. — Kim Yoora, é a mais velha, certo? Passou a ser a única tutora legal de seu irmão, até ele atingir a maioridade perante a lei.
— Sim... senhor? — chamou o policial. — O que vai... acontecer com ele, quando for encontrado? — perguntou com o medo estampado em seu olhar.
— Veja bem... — retirou os óculos. — Seu irmão é menor de idade, e cometeu um delito grave, mesmo sem a intenção, pelo que nos foi contado pela senhorita. O certo pela lei é que ele seja encaminhado para um centro de medidas socioeduca-
— Resumindo — adiantou-se. — Ele será preso.
— De certo modo. — concluiu, vendo a garota ficar com os olhos cheios de lágrimas.
— Isso é tão... injusto! — disse indignada, permitindo uma lágrima escorrer.
— Talvez, se ele não tivesse fugido.
— No que adiantaria, hã? Ele seria preso de qualquer forma! Preso por salvar minha vida, conseguem entender isso? — disse mirando os rostos dos policiais em sua sala.
— As coisas não são bem assim, senhorita Kim. Não se pode combater um crime cometendo outros. — respondeu o senhor, se levantando. — Nós a manteremos informada sobre a busca. — disse caminhando até a porta.
— Tudo bem... me avisem qualquer coisa. — disse se levantando e abrindo a porta para os homens fardados saírem.
Esta se manteve por trás das cortinas pesadas que cobriam a janela, observando o lado de fora, aguardando qualquer movimentação daqueles homens que se comportavam de modo suspeito, conversando em seus rádios portáteis.
Aguardou até que estes fossem embora, e pôde suspirar aliviada.
Caminhou com seus ombros caídos até a frente do espelho no corredor da casa humilde, e se encarou ali.
Olhos fundos, sem brilho, a pele jovem maltratada, seus cabelos castanhos sem vida...
Levou as mãos até os fios, os ajeitando até o meio de sua cabeça e os prendendo ali. Limpou o rosto com a manga do suéter bege e respirou fundo, fechando os olhos para tomar coragem.
