"- Vossas senhorias, que tiveram a oportunidade de presenciar o testemunho dos réus, chegamos a finalidade que, por falta de provas que digam o contrário, concluímos que o réu merece ser condenado pela morte de Lee Sora, de 15 anos, no dia 28 de jun...
— Huum... Analisei o estado dele, e é extremamente critico senhora.
— Eu sei... Não é preciso exames pra notar seu estado, seus ossos estão todos à mostra.
— Não chore senhora, o distúrbio do seu filho tem tratamento, está disposta mesmo a isso?
— Estou disposta a tudo senhor, desde que ele se cure disso.
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Diferente dos outros dias, Jeon não ouviu o som da chuva ao despertar, nem o assobio do vento frio em sua janela. A cama em que estava, não era tão confortável quanto a sua. O cheiro amadeirado do assoalho de seu quarto também não estava presente.
Antes mesmo de abrir os olhos, teve a certeza de que não estava em seu quarto. E assim que o fez, apenas confirmou isso.
O local era iluminado por uma grande janela de canto, onde o vento sacudia as longas cortinas brancas e trazia às suas narinas aquele cheiro forte de álcool e naftalina.
Sua cabeça latejava tanto, que achou que poderia explodir a qualquer momento.
— Bom dia, beba isso por favor. — Disse a mulher jovem em seu traje medico, lhe entregando um pequeno copo plástico com um conteúdo amarelado. — É pra sua cabeça.
— O-obrigado. — sua voz saiu fraca. — Onde eu... Estou? — Disse olhando ao redor .
— Em um dos quartos da enfermaria, você foi encontrado inconsciente no corredor do terceiro andar. Não se recorda de nada?
— Oh, eu... — esforçou-se para lembrar, tendo alguns flashes de frases, rostos e até mesmo algumas cenas antes de apagar. — Não... Não lembro de muita coisa.
— Tudo bem, descanse. Daqui a pouco você poderá ir para o seu quarto. Está de licença das aulas hoje. — disse a mulher, retirando-se.
Jeon ajeitou-se para ficar mais confortável e bebeu o conteúdo amargo do copo em suas mãos. Encostou-se na cabeceira da cama e permitiu-se relaxar, tentando não pensar no que acontecera para que o medo não tomasse conta de si. Lentamente, deitou-se novamente e, desta vez, observou silenciosa e melancolicamente o movimento das cortinas brancas ao vento. Uma dança calma e relaxante, que o fez adormecer novamente.
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— Preciso que assine aqui senhor Jeon. — Dizia a senhora da ala hospitalar, lhe estendendo uma ficha. — Se não se sentir bem, tome esses remédios, ou então volte imediatamente pra cá. — Completou entregando uma cartelinha de comprimidos.