Tristeza gera tristeza.

339 41 17
                                    

Para muitos um clube, para mim; minha vida

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Para muitos um clube, para mim; minha vida.  Eu não consigo entender o que nós torcedores fizemos para merecer tamanho sofrimento. Mas eu sei que a culpa disso era totalmente de quem estava ali dentro, e com isso eu estou falando de Jogadores, diretoria, conselheiros e até mesmo o técnico e sua comissão.

A culpa era de todos!!! Menos minha e sua, porque não somos nós que decidimos nada lá dentro, e muito menos recebemos um salário alto, para jogarmos nada.

Meu coração estava inquieto, me sentia tão vulnerável a tristeza que, nem me esforçava mais para tentar reverter esse cenário.

Eu sabia para onde esse caminho iria dar, e não me sinto nada sastifeita com isso. Meu rosto estava molhado e meu corpo tremia.

Não lembro a quanto tempo eu estava a chorar, mas sei que comecei assim que o juiz apitou o jogo contra o Juventude. Um empate amargo, jogando dentro de casa e com dois a mais, quer caos maior que esse?

Eu chorava porque eu estava vendo o meu time de coração se afundar em um abismo em que talvez não tivesse volta. Chorava, por não conseguir achar uma solução, chorava por saber que estávamos em um estado tão decadente, que éramos motivos de pena ou de algazarra de rivais.

Enfim, o que não faltava era motivos para derramar lágrimas...

Aquele dia eu havia assistido o jogo pelo o meu celular no CT Corintiano, já que havia feito hora extra para ajudar nas contas de casa. Eu não conseguia acreditar no resultado, era tudo muito inacreditável.

É como se estivéssemos sendo punidos, nada dava certo, todos os times pareciam ser o Real Madrid comparados a nós. A bola não entrava, jogador se lesionava, atacante fazendo merda, a zaga dando bombeira.

Em outras palavras, é como se o destino tivesse decretado que não tinha mais jeito. Iríamos cair! E é isso que estar acabando comigo.

Passei as mãos pelo cabelo, enquanto apoiava os cotovelos em meus joelhos. O que haviam feito com o Corinthians?

Minha cabeça estava latejando, eu só queria ir para casa, tentar dormir para abafar a dor que sentia em meu peito. Mas não, eu tinha que ficar. Até porque os "pobres coitados" não podiam chegar no CT amanhã e encontrar tudo sujo.

Que ódio! Meu Deus.

— Tem alguém aí? — Ouvir uma voz soar pelo ambiente, causando-me um pequeno susto. Limpei os olhos avermelhados ligeiramente. Quem era? Merda. Esqueci que após os jogos, os atletas viam para cá para pegar seus pertences e consecutivamente os carros para irem embora.

A luz foi acessa, incomodando os meus olhos. E com dificuldade averiguarei quem era. Soltei uma respiração com raiva, tinha que ser justo ele?

— Você está chorando? — Indagou o homem, assim que encarou a mim.

Igor me encarava com olhos curiosos enquanto esperava por alguma resposta minha, mais eu não queria falar agora, principalmente com ele, então limpei as lágrimas que caiam e levantei pra sair dali, mais fui impedida por ele, que se colocou na minha frente.

— Você pode me deixar sair? — Falei irritada.

— Não enquanto não responder a minha pergunta. — Ele afirmou.

Soltei um suspiro cansado e olhei de relance meu celular, eu precisava ir embora, afinal de contas era domingo e se eu perdesse o ônibus pra casa, eu mofaria esperando o outro.

— Não tenho tempo Igor, preciso realmente ir embora.

Passei por ele e fui pegar minhas coisas no armário, mais pude ouvir seus passos atrás de mim, que ótimo! Mais essa.

— Será que dá pra parar de me seguir. — Esbravejei.

Peguei minha bolsa e coloquei sob o ombro, fechei o armário e me dirigi até a saída.

— Será que dá pra você baixar a guarda só uma vez?

Ouvi sua voz e me virei pra encara -lo.

— Baixar a guarda? Eu só quero ir embora. — Vociferei.

— E eu só quero saber o porque você estava chorando.

— Tem certeza que não sabe? — Falei irônica.

— Podemos ir a algum lugar e conversar melhor, ou podemos ficar aqui mesmo e você me conta, o que acha?

Ergui uma sobrancelha confusa, que merda ele estava fazendo? Desde quando ele se importava com o que eu sentia?

— Não vou a lugar nenhuma com você, eu só quero ir pra casa. — Falei.

Igor se aproximou de mim calmamente, seus olhos escuros me analisavam minuciosamente e por um momento gostaria de saber o que ele estava pensando.

— Não vou deixar você ir embora assim, se não quer ir a algum lugar tudo bem, podemos ficar aqui mesmo, mais não saio daqui enquanto você não estiver bem.

Arregalei os olhos, surpresa com tal afirmação, nos odiávamos, isso era fato, mais seu olhar me parecia sincero, o olhei por alguns segundos, tentando achar qualquer tipo de brincadeira naquele comentário, mais ele não parecia estar mentindo, Igor realmente estava se importando, então decidi relaxar um pouco e só naquele momento, aceitar a sua “ajuda”.

— Tudo bem, vamos conversar.

— Tudo bem, vamos conversar

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Co-autora: Flaviia1296

O sentimento da Sab igual ao meu, ao seu, ao da Flávia... E de mais 30 milhões de torcedores. É lamentável o que estão fazendo com o Corinthians, sério msm.

O Igor se preocupando com ela--🛐

O que achou desse cap?
Bom? Ruim? Mais ou menos?
Comente e vote, é importante 💖

𝙼𝙰𝙻-𝚀𝚄𝙴𝚁𝙴𝚁 // Igor Coronado Onde histórias criam vida. Descubra agora