Vestiário.

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— Eu acabei de limpar lá dentro, como diabos pode dizer que estar sujo Raniele? — o Repreendi, erguendo uma sobrancelha, enquanto caminhavamos em direção ao vestiário

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— Eu acabei de limpar lá dentro, como diabos pode dizer que estar sujo Raniele? — o Repreendi, erguendo uma sobrancelha, enquanto caminhavamos em direção ao vestiário. O volante carregava os produtos e objetos de limpeza, enquanto eu o seguia.

— Mas não sou eu que estou dizendo que estar sujo, só estou passando um recado que me mandaram.

Eu me segurei para não revirar os olhos. Posso ser desleixada com muita coisa, menos com o meu trabalho. Aqui eu dou tudo de mim, deixo tudo muito limpinho e organizado. Tenho certeza que se tem algo de errado, foi outro alguém que sujou.

Era só o que faltava. Justo hoje que queria ir embora um pouco mais cedo para ver se consigo pegar a matéria atrasada da faculdade.

Quando empurrei a porta do vestiário, fui recebida por um breu completo. Estranhei o ambiente escuro e franzi a testa, com uma sensação desconfortável no peito. Com um suspiro, estendi a mão para o interruptor ao lado da porta e acendi a luz.

Assim que a iluminação preencheu o espaço, dei de cara com Igor Coronado, encostado em um dos armários, de braços cruzados e um olhar carregado de impaciência. Ele ergueu uma sobrancelha, me encarando como se minha presença fosse a última coisa que ele esperava, ou desejava ver ali.

— O que você tá fazendo aqui? — perguntei, surpresa, mas mantendo o tom firme.

Seria óbvio a resposta, ele trabalhava aqui. Mas, era quase onze da noite, a essa hora todo mundo já estava em casa a tempo. Então sim, não esperava ver-lo.

A verdade é que desde aquele dia em que nos beijamos pela última vez, o homem vem me evitando, quase não o vejo e nas raras vezes que o vi, ele fez questão de ficar bem longe.

Por um motivo desconhecido, isso me incomoda, mas nunca me atrevir a dizer nada. Se ele quer desta maneira, que seja. Tanto faz. Ele não era uma peça tão importante assim na minha vida.

O jogador me lançou um sorriso irônico, típico de quem se diverte com a confusão alheia. Odiava quando ele agia assim.

— Não lhe devo sastifaçoes ou será que devo? — Questionou. E eu engoli em seco.

Bufo, exasperada. Não bastava o vestiário parecer um cenário de filme de terror, eu ainda precisava lidar com o Coronado, justo hoje, quando tudo o que eu queria era sair dali o mais rápido possível.

— Não, você não deve. Eu só não esperava, mas tanto faz. — disse. — Eu só vim fazer o meu trabalho, você fica daí e eu fico da qui.

Antes que ele pudesse responder, ouvimos a porta do vestiário se fechar com um baque seco. Me virei rapidamente e tentei abrir, mas a maçaneta não se movia. Trancada. Aquele nó de desconforto em meu estômago começou a crescer, enquanto eu forçava a maçaneta mais uma vez, como se a insistência pudesse resolver algo.

Raniele... Cadê o Raniele?

— Trancada… — murmurei, incrédula.

— Como assim trancada? — ditou ele, Agora aparentemente preocupado. — Tem certeza? Aposto que você não tentou abrir direito.

𝙼𝙰𝙻-𝚀𝚄𝙴𝚁𝙴𝚁 // Igor Coronado Onde histórias criam vida. Descubra agora