Ano 2024.
Diego teve vontade de jogar o celular na parede quando o despertador tocou às 7h da manhã do sábado. Com a vida corrida de publicitário na agência Stardust e os bicos de fotógrafo em uma gravadora famosa, chamada Lumiere, o ruivo tinha poucos sábados para se permitir acordar tarde e desfrutar do frio matinal sob suas cobertas quentinhas.
Fechou os olhos novamente, com a esperança de se forçar a voltar a dormir, mas o barulho da notificação soou pelo quarto, o fazendo bufar. O nome de Amaury apareceu na tela de bloqueio, junto do emoji “🔥”, que era um código entre eles que ele conhecia muito bem.
[7:09 / Diego]: para sempre ou só por agora?
[7:09 / Amaury]: Para sempre.Mesmo que mal humorado pela forma que acordou e por ter que levantar da cama, não conseguiu evitar esboçar um sorriso ao ver a mensagem. Lavou o rosto brevemente e escovou os dentes, colocando uma mochila vazia nas costas e saindo de casa. Atravessou o corredor até o apartamento de número 11, em frente ao seu, e abriu a porta com a chave reserva que tinha.
“Amor, cheguei.”
Cantarolou, caminhando até a entrada do quarto. Amaury estava deitado na cama, com um olhar entediado, tendo uma moça montada em seu colo e lhe beijando o pescoço.
“O que está acontecendo aqui?”
O ruivo gritou e deu um tapa forte na porta do quarto, que fez sua mão arder.
“Diego?”
Amaury se sobressaltou, pulando da cama e olhando da moça para ele.
“Eu posso explicar, amor.”
“Explicar o quê? O que essa esquisita faz em cima de você na NOSSA CAMA?”
A moça, jovem e bonita, olhava de um para o outro assustada, cobrindo o corpo com o edredom da enorme cama de casal.
“Você é comprometido?”
Direcionou a fala para o preto, confusa.
“Você não viu a aliança enorme no dedo dele, não?”
A voz de Diego se alterava, as mãos gesticulavam para todos os cantos.
“Ele não estava usando aliança nenhuma!”
“Ele O QUÊ?”
Diego soltou a mochila no chão, pulando sobre a cama e investindo contra Amaury, distribuindo vários tapas por seus braços.
“Eu passo a noite no hospital cuidando da SUA MÃE e você tira nossa aliança e traz uma piranha para nossa cama?”
“Ei! Eu não sou nenhuma piranha!”
Buscou forças e respirou fundo, cessando os tapas em Amaury e voltando o corpo para encarar a moça.
“Você tem razão. Me desculpe. Ele que é a piranha.”
Um tapa mais forte e estalado foi deixado no ombro largo, que fez o maior se encolher e passar a mão para aliviar o ardor.
“Acho melhor eu ir embora, não é?”
A pergunta era feita ao preto. Inacreditável.
“Não. Fica pro café da manhã, vai ter bolo.”
A voz cínica de Diego fez com que a mulher o olhasse confusa, já em pé no meio do quarto e vestindo o vestido tubinho colado.
“O quê?”
“Vai embora, mulher! Você já fez o bastante por aqui”
Quando lágrimas grossas ameaçaram escorrer dos olhos às bochechas rosadas, a moça pareceu realmente se apavorar, terminando de se vestir e saindo correndo apartamento à fora. Diego relaxou os ombros e virou para encarar Amaury de novo, ao ouvir o barulho da porta de entrada batendo.
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don't say yes to him
FanfictionO ano era 2017 quando Diego e Amaury se encontraram pela primeira vez da forma mais inusitada e constrangedora possível. Como a vida não é feita de acasos quando envolve os dois, um laço muito forte foi criado. Mesmo humor, mesma forma de pensar, ri...