Idiosyncracy {Dazai x MCU}

Capítulo 22: Ardente

Matt vê os destroços.

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O incêndio começou no apartamento de Matt.

Ele pode dizer pelo cheiro de gasolina que emana dele, mesmo de fora, então, quando horas depois a polícia fala com ele sobre o assunto, internamente, ele não fica nem um pouco surpreso. Eles fazem as perguntas de sempre, mas é óbvio que eles realmente não suspeitam de nenhuma ação suja. Eles têm seus registros hospitalares dizendo que apenas alguns dias antes ele tinha quebrado um braço, então a explicação de ele ter ficado com seu amigo durante seu período de recuperação devido a ele ser cego faz todo o sentido para ele.

Também faria sentido, sua teoria de trabalho sobre o motivo do incêndio ter ocorrido em primeiro lugar.

Não significa que seja verdade.

Eles dizem que o incêndio pode ter sido provocado por alguns apoiadores de Fisk tentando matá-lo ou enviar uma mensagem. No início, a polícia ficou intrigada sobre o motivo de alguém atear fogo no apartamento de um cego no que parecia ser um ataque muito direcionado, mas parece que, uma vez que seu senhorio os informou sobre sua descrição de trabalho e realizações anteriores, a surpresa desapareceu como água nas costas de um pato.

Honestamente, se Matt não tivesse acabado de entrar em conflito com a Máfia do Porto dias atrás, ele próprio poderia ter suspeitado de algo de Fisk ou de seus escassos apoiadores, mas ele sabia melhor. Ele não tem certeza se teria preferido que fosse Fisk, eles dizem que a única coisa pior do que o inimigo é o inimigo que você não conhece, e agora, seu conhecimento sobre a Máfia do Porto e aqueles por trás dela é lamentavelmente escasso.

Com alguma relutância, eles permitem que Matt e Foggy vasculhem os restos de seu apartamento em cinzas. Ele realmente está em um estado — e o cheiro de cinzas e poeira é espesso e pesado, queimando seu nariz e garganta, mas ainda assim, com seu braço entrelaçado no de Foggy e sondando com bengala, tudo para mostrar, é claro, Matt vasculha seu apartamento.

O pior dos danos está concentrado em sua sala de estar, seu sofá reduzido às molas espalhadas ao longe e um pequeno pedaço restante de tecido chamuscado, pisos queimados de onde o fogo começou (ele podia sentir o cheiro persistente da gasolina que eles jogaram no chão, e ele não duvida que o chão esteja preto e feio, assim como o resto do apartamento provavelmente está.). A área mais próxima de seu quarto é a menos danificada, um alívio porque do lado de fora da parede de seu quarto está o guarda-roupa que abriga seu velho terno e as velhas coisas de boxe do pai. Ele pode dizer que tudo ainda está lá, sem ser perturbado pelo cheiro de couro do terno e pelo cheiro persistente de suor e sangue das luvas velhas. É difícil distinguir acima do fedor avassalador trazido pelo fogo, mas ele ainda está lá, e lhe traz alívio, por mais breve que seja.

Não é a única coisa que ele consegue sentir.

É muito fraco, provavelmente não tendo estado presente na sala por muito tempo, mas o usuário deve ter sacudido as cinzas da ponta, esfregando nos restos do carpete.

É um charuto, uma marca de cheiro familiar também. Ele se lembra porque ele havia impregnado aquele armazém, grudando nas roupas do velho japonês enquanto ele fazia Matt voar pela sala com uma facilidade assustadora.

Os lábios de Matt franzem, e ele balança a cabeça levemente antes de se virar para Foggy. "É isso, podemos ir agora." Foggy parece querer dizer algo, fazer uma pergunta, mas ele lança um olhar sutil para os policiais próximos, e ele simplesmente acena, segurando a língua.