Idiosyncracy {Dazai x MCU}

Capítulo 38: Voo

CW= discussão sobre suicídio, automutilação, abuso sexual, negligência.

'NOTA: Algo está sendo recontado-- Ainda não consegui editar o capítulo em si, mas estou mudando o diagnóstico que dei a Dazai anteriormente, pois não sinto mais que ele se encaixa.'

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Oda nunca saiu do Japão antes.

Ele pensou sobre isso muitas vezes na vida, é claro. Muitos autores que ele admira vivem no exterior, e ele se pegou imaginando como é a vida cotidiana em muitos outros países do mundo. Os romances permitem que ele tenha um breve vislumbre dos outros cantos do globo, mas mesmo os livros não podem complementar a experiência real. Ainda assim, ele nunca imaginou realmente visitar outro país, para ser honesto. Ele também nunca esperou voar de primeira classe, especialmente não ao lado do chefe da Máfia do Porto.

"Elise-chan, oh, por favor! Eu sei que você ficaria tão adorável em algumas roupas de estilo americano! Você não seria uma querida e experimentaria?" Um homem implora a uma pequena menina loira. Adornada com um vestido vermelho com babados, ela fica no corredor aberto do avião, pequenos punhos empoleirados em seus quadris enquanto ela infla as bochechas e torce o nariz para ele.

Alguns assentos abaixo, Oda está sentado lendo um dos livros que ele empacotou para essa pequena escapada. Não é uma história nova para ele — ele já leu muitas vezes na vida, na verdade. Foi só o que despertou seu interesse nos momentos em que ele passou arrumando sua mala, então ele decidiu jogá-la junto com suas roupas. Ele tenta o seu melhor para não olhar para o homem e sua filha, com medo de causar ofensa. Ainda assim, com o quão alto eles são e a cadência lamentável de sua voz, é difícil não ouvir.

"De jeito nenhum, Rintarou! Você é tão irritante!"

Oda toma um gole de sua bebida, um uísque gelado fornecido silenciosamente por um comissário no início do voo. O céu antes brilhante escureceu, e de seu lugar acima das nuvens, ele pode realmente ter uma visão desobstruída das estrelas enquanto elas voam. É lindo, assim como as nuvens eram, e Oda não pode deixar de ficar hipnotizado pelas luzes cintilantes brilhando acima deles. O vislumbre mais claro do cosmos que ele já teve.

Dazai pode ser uma pessoa volúvel, mas ele sempre tem certeza de ir às noites deles no Lupin. 

As únicas vezes em que ele faltou foi quando estava preso em responsabilidades relacionadas ao trabalho, que ele cumpriu de má vontade, ou se machucou de alguma forma. Mas mesmo assim, se algo o fizesse perder a noite deles, ele geralmente encontrava uma maneira de mandar uma mensagem para Oda. É a única coisa que Dazai parece levar a sério — além do suicídio, é claro.

Então, naturalmente, quando as semanas começaram a passar e o assento de Dazai 

permaneceu vazio, a preocupação dele e de Ango só aumentou. A princípio, eles raciocinaram que ele havia perdido ou quebrado seu celular novamente e ainda não tinha tido tempo de comprar um novo. Dazai, dado seu hábito de nadar totalmente vestido e improvisado, tende a gastar celulares mais rápido do que uma pessoa comum. O número de mensagens de texto "aqui é Dazai, telefone novo!!!（っ ^ ▿＾)" que ele recebeu é surpreendentemente alto.

Mas uma semana se tornou duas, e duas semanas se tornaram três, e nenhum deles recebeu nenhuma mensagem desse tipo. Sem nenhuma explicação, Dazai praticamente desapareceu da face da Terra, sem nem mesmo a menor pista de onde ele poderia ter desaparecido.

Entre os capangas da máfia de nível inferior, o consenso comum era que uma de suas muitas tentativas de suicídio resultou em um ferimento mais grave do que o normal. Ainda seria fora do personagem para ele não pelo menos enviar a eles uma simples mensagem de "Estou vivo!", mesmo que ele estivesse gravemente ferido. Ele já tinha feito isso antes — especificamente sendo a última vez que ele e o manipulador de gravidade se uniram. Oda acabou obtendo autorização — devido à insistência de Dazai — para visitá-lo nas enfermarias particulares enquanto ele estava se recuperando. Nem mesmo uma concussão grave impediu o garoto de bombardeá-lo com um número desnecessário de mensagens reclamando sobre qualquer coisa que ele pudesse pensar naquele momento.