Idiosyncracy {Dazai x MCU}

Capítulo 19: Forças em Conflito

Hirotsu se reúne com representantes das organizações com as quais eles fizeram um acordo.

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Hirotsu conhece Dazai há muito, muito tempo.

Ele o conhecia antes mesmo de ser Dazai Osamu, quando ele era apenas Shuji Tsushima, o filho do chefe anterior que estava trancado em casa, sem nunca poder se aventurar além das paredes dos apartamentos de alto padrão. Na época, ele era uma coisa tímida — ele apenas tinha vislumbres do garoto, enfiado no canto do sofá, livro na mão, lendo algo muito avançado para sua idade, ou sendo mimado por Mori — quando ele era apenas um médico da Máfia do Porto.

Honestamente, ele era bastante fantasmagórico por natureza naquela época. Ele ainda é, de certa forma, mas há mais presença nele agora, mesmo que essa presença seja bastante sinistra e distorcida de se ver. Naquela época, quando ele era tão jovem, ele se misturava ao fundo, como se fosse um vaso particularmente delicado, embora de cor opaca. Ele falou pouco, permaneceu quase completamente parado e tinha uma expressão plana e nada chamativa. Era um pouco perturbador, claro, mas principalmente ele sentiu pena do garoto. Ele sabia o quão doente a mente do antigo chefe havia se tornado, ele havia se comportado de forma mais errática, cortando contatos com grupos que Mori ainda estava tentando recuperar. Alguns tinham dado certo, outros não, e alguns, Mori se viu desinteressado em fazer a ponte novamente.

O grupo sobre o qual o chefe estava mais inseguro era The Hand, um grupo que nos últimos anos tinha se encontrado residindo em Nova York de todos os lugares. Eles eram velhos, muito mais velhos que a Máfia do Porto, no entanto, o homem havia confidenciado suas preocupações sobre a natureza muito canibal e enérgica da organização. Ele temia que eles tentassem forçar a Máfia a se fundir com eles, a se ajoelhar diante deles, e Mori não estava interessado em fazer isso.

Pessoalmente, nem Hirotsu. Ele já teve desentendimentos com The Hand antes, e embora não explicitamente violentos nem negativos, a maneira como eles se comportavam e se comportavam era muito... cultuada? Ele acha que essa é a palavra certa, a que descreve o grupo com mais precisão. Ele nunca tentaria influenciar o chefe e suas decisões, no entanto, ele está feliz que o curso de ação atual é simplesmente não se envolver.

Mas, a cada momento que ele está em Nova York, seu território, mais provável é que ele encontre essas pessoas novamente. É a primeira vez que ele está em uma missão fora do Japão em muitos anos, neste ponto, e ele teve o azar de acabar onde está atualmente.

Bem, ele tem mais sorte do que Dazai, no entanto.

Ele nunca expressaria esse pensamento, no entanto, se o fizesse, ele tem certeza de que o garoto estaria inclinado a concordar com ele sobre o assunto.

Se alguém é capaz de completar uma tarefa como essa, ele reflete, provavelmente seria Dazai. 

Ele realmente é um garoto talentoso, mais inteligente do que os outros aos trancos e barrancos, e isso o separa dos outros ainda mais do que ele já foi durante toda a sua vida.

Desde que ele e Dazai terminaram, o adolescente o informou sobre seu plano de se deixar levar pelo vigilante que os observava há algum tempo, Frank Castle, era difícil ficar de olho nos dois. 

Na verdade, se Dazai não tivesse explicado previamente, em profundidade, qual era o plano deles e como as coisas iriam prosseguir, ele teria perdido o garoto completamente.

A vantagem de estar aqui, na América, onde são estrangeiros desconhecidos tanto para a população em geral quanto para a criminosa, é que enquanto Dazai em particular seria incrivelmente reconhecível no Japão, onde as pessoas veriam seus membros envoltos em bandagens e seu longo casaco escuro e saberiam exatamente quem eles estavam diante, e assim quando Dazai deve se disfarçar, vagar por este novo país e Shuji Tsushima, um jovem traficante em vez de Dazaj Osamu, o Prodígio Demônio e temido executivo da Máfia do Porto, ele é essencialmente anônimo. Isso torna o envio desses assassinos em sua direção, seguindo as instruções dos meninos, é claro, muito fácil. No Japão, qualquer pessoa razoável teria dado uma olhada no garoto, reconhecido quem ele era exatamente e recuado. Aqui, porém, essas pessoas não têm o luxo de reconhecê-lo pelo perigo que ele representa.